POSSE NA ACADEMIA
Nessa quinta-feira (22/06) Maceió,
como o resto do País, ficaria hipnotizada pelas imagens veiculadas pela
televisão. Não era para menos, depois de duas prévias medíocres apresentações,
os milionários do selecionado do Brasil pareciam estar encontrando seu melhor
futebol.
Os chatos dirão que jogar bem e golear
o time japonês é mais do que obrigação.
Com titulares e reservas tendo seus momentos de redenção, até o “musculoso”
Ronaldo (“Fenômeno”) teve um pouco mais de mobilidade conseguindo dois gols, um
deles de cabeça, segmento do seu corpo
que não costuma ser muito acionado.
A verdade é que a vitória folgada
sobre os japoneses criaria entre os torcedores uma expectativa altamente
positiva em relação às chances de sucesso nos jogos subsequentes, reacendendo
as esperanças de o time chegar às finais.
Exageros à parte, não foram por acaso
as comemorações, principalmente “bebemorações”, que se prolongaram noite
adentro. Àquela altura quem estava ligando se em campo pedalavam milionários muito mais a serviço dos interesses dos
patrocinadores? É mero detalhe se o amor à pátria é coisa
fora de moda. O importante seria a goleada histórica.
Contrastando com tudo aquilo, na mesma
noite, a Academia Alagoana de Medicina reunia-se para festejar a entrada de um
novo membro-efetivo.
Com a habitual postura britânica, o
mestre-de-cerimônias e presidente da aristocrática Casa da Palavra, Ricardo
Nogueira, conduziu os trabalhos com a organização que a experiência lhe
confere.
O empossado terá congregado mais que os outros postulantes. Penso que a
Academia estaria bem servida com qualquer dos candidatos. Como num conclave
eclesial, apenas um poderia ser escolhido.
Simples assim. Deu-se a escolha muito mais por exclusão.
Fundada há 12 anos, vitoriosa, a Academia
Alagoana de Medicina é composta por 40 membros e tem como presidente executivo eleito o conhecido
pediatra e homem de letras, Milton Ênio Netto de Gouveia. O presidente de honra
vitalício é o emérito Professor Ib Gatto Falcão, glória das Alagoas.
Indicado pelo presidente, saudei o
novo sócio em nome da instituição. Nas minhas palavras de boas-vindas, lembrei
que entrar para a Academia sinaliza reconhecimento. Embora, eventualmente, nem
todos continuem, ao longo do tempo, com o mesmo merecimento. Talvez seja um
prêmio, uma coroação, mas é sobretudo um incentivo ao cultivo dos valores morais
e éticos mais elevados da vocação médica.
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