domingo, 11 de dezembro de 2011

BATOM NAS VIRILHAS

Mosteiro beneditino do PC do B, a troca de nomes no Ministério do Esporte nada ou pouco representa para a população. Notícias de mau uso do dinheiro público, como outras tantas do gênero, já se banalizaram. Orlando sai de campo, entra Aldo Rebelo, espécie de flor de lis do partido.
Para os defensores do imaculado ministro, ele não passaria de uma indefesa vítima de falsas acusações de um bandido, um desqualificado moral. Não há provas. Tirante os rastros de batom nas virilhas, falta a foto no leito. Sua fritura estaria ligada à abominável intolerância racial, discriminado por brancos de olhos azuis. O próprio Silva bradando inocência, num penúltimo e comovente rasgo de coragem cívica, criaria uma comissão para "aprofundar as investigações". Sua fala final, getuliana, foi apoteótica: “Saio para preservar a minha honra”.
Iludem-se, contudo, os que pensam em desemprego, rua da amargura e outros que tais. Pelo seu desempenho, não tenho dúvidas de sua participação como protagonista da novela das 10, contracenando com Paola e Camila.
É incontestável a presença sombria de poderosos setores alinhados com a imprensa golpista, a tal hegemônica, que, inconformada, não para de infernizar a vida dessa plêiade de patriotas, à frente Sarney, Maluf, Zé Dirceu, íntegros até onde a lei faculta. É um orgulho ter toda essa gente ilibada comandando os nossos destinos.
Todos sabem que PT e PC do B nunca negociaram com os desprezíveis capitalistas, corja de burgueses decadentes. O.S. é tão inocente quanto Santa Tereza D’Ávila. Nunca houve desvios de coisa nenhuma. As ONGS do PC do B são de uma seriedade dominicana. O mal neste País esconde-se nas redações desses jornais fascistas que ficam inventando histórias para denegrir a honra dos homens de bem. Uma coisa me parece certa: Dona Dilma demitiu o Orlandão precipitadamente.
Oásis de políticos e gestores acima de qualquer suspeita, em Alagoas, o caso do falido Banco PanAmericano tem enredo dos mais curiosos. Detentor dos papéis de milionária dívida oriunda do governo Lessa/Abílio, quando teria deixado de honrar empréstimos consignados dos funcionários, ao ser quitada por Téo Vilela, uma “taxa de retorno” teria sobrevivido para irrigar a campanha da reeleição.
Mas nunca a ironia atingiria tão formidável paroxismo como no rombo do Tribunal de Contas de Alagoas. Pois é, nada menos que cem milhões são desviados das barbas dessa independente e diligente Corte sem que ninguém se desse conta.

Nenhum comentário: