
Sociedade cultural médica, a Sobrames Alagoas (Sociedade Brasileira de Médicos Escritores) acaba de comemorar seus 33 anos. José Medeiros, seu criativo e incansável presidente, não poderia ter escolhido local mais adequado para a data: a Casa da Palavra. Com efeito, o casarão da Ladeira do Brito engalanou-se para abrigar centenas de convidados – crème de la crème, como diriam os cronistas sociais – da intelectualidade alagoana.
Criada em 19 de março de 1977, a Sobrames Alagoas vive momento de pujança, podendo já celebrar no seu glorioso histórico a realização de dois congressos nacionais e o prestígio de estar entre as mais ativas dentre tantas Brasil afora.
Ponto alto da cerimônia, Ricardo Nogueira, o irrequieto presidente da Casa da Palavra, brindou-nos com uma palestra sobre “Qualidade de Vida”. Reproduzo algumas das suas orientações no quesito alimentação: em princípio nada está proibido, desde que ingerido com moderação, e enumera três itens fundamentais: 1) Um café saudável com sucos e frutas; 2) Dividir o prato do almoço com um amigo; 3) Enviar o jantar para o pior inimigo.
Em meio aos festejos, uma lembrança triste pairava persistente: a recente morte do grande alagoano Fernando Iório Rodrigues.Dom Fernando, bispo emérito de Palmeira dos Índios e presidente da Academia Alagoana de Letras, faleceu no final da semana passada, abrindo um vácuo enorme no clero, nos meios intelectuais e nos corações de legiões de fiéis, amigos e admiradores. Acima de tudo, dom Iório era um homem de inquebrantável fé.
Tive oportunidade, aproveitando providencial “quebra de protocolo” do colega Geraldo Vergetti, de expor algumas virtudes do pranteado pároco de Bebedouro e meu ex-confessor. Conheci – eu garoto – o padre Fernando jovem, revolucionário, preocupado em dinamizar a paróquia. Criador de Cruzada Eucarística, Congregação Mariana, Filhas de Maria, não esqueço sua voz abaritonada ressoando em homílias e hinos, em missas ou comandando procissões pelas ruas do bairro.
Seu raio de ação compreendia respeito e estímulo aos folguedos populares presentes no Natal, festas juninas e do padroeiro, sendo comparado – mutatis mutandis – ao lendário major Bonifácio Silveira.
Obcecado pelo ensino, em Bebedouro criaria o Ginásio Santo Antonio, ousada iniciativa que prestaria inestimável serviço à comunidade. Bispo de Palmeira, mais maduro, levaria um Campus Universitário. Nesse aspecto, seu legado ombreia-se ao dos melhores educadores do Estado. (*) É médico e professor da Ufal.
Criada em 19 de março de 1977, a Sobrames Alagoas vive momento de pujança, podendo já celebrar no seu glorioso histórico a realização de dois congressos nacionais e o prestígio de estar entre as mais ativas dentre tantas Brasil afora.
Ponto alto da cerimônia, Ricardo Nogueira, o irrequieto presidente da Casa da Palavra, brindou-nos com uma palestra sobre “Qualidade de Vida”. Reproduzo algumas das suas orientações no quesito alimentação: em princípio nada está proibido, desde que ingerido com moderação, e enumera três itens fundamentais: 1) Um café saudável com sucos e frutas; 2) Dividir o prato do almoço com um amigo; 3) Enviar o jantar para o pior inimigo.
Em meio aos festejos, uma lembrança triste pairava persistente: a recente morte do grande alagoano Fernando Iório Rodrigues.Dom Fernando, bispo emérito de Palmeira dos Índios e presidente da Academia Alagoana de Letras, faleceu no final da semana passada, abrindo um vácuo enorme no clero, nos meios intelectuais e nos corações de legiões de fiéis, amigos e admiradores. Acima de tudo, dom Iório era um homem de inquebrantável fé.
Tive oportunidade, aproveitando providencial “quebra de protocolo” do colega Geraldo Vergetti, de expor algumas virtudes do pranteado pároco de Bebedouro e meu ex-confessor. Conheci – eu garoto – o padre Fernando jovem, revolucionário, preocupado em dinamizar a paróquia. Criador de Cruzada Eucarística, Congregação Mariana, Filhas de Maria, não esqueço sua voz abaritonada ressoando em homílias e hinos, em missas ou comandando procissões pelas ruas do bairro.
Seu raio de ação compreendia respeito e estímulo aos folguedos populares presentes no Natal, festas juninas e do padroeiro, sendo comparado – mutatis mutandis – ao lendário major Bonifácio Silveira.
Obcecado pelo ensino, em Bebedouro criaria o Ginásio Santo Antonio, ousada iniciativa que prestaria inestimável serviço à comunidade. Bispo de Palmeira, mais maduro, levaria um Campus Universitário. Nesse aspecto, seu legado ombreia-se ao dos melhores educadores do Estado. (*) É médico e professor da Ufal.
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