terça-feira, 14 de dezembro de 2010

TERRA DE OPORTUNIDADES

Arapiraca, com suas terras férteis foi, em 1848, a escolhida do fundador Manoel André Correia dos Santos. “Foi numa Arapiraca frondosa e acolhedora situada às margens do Riacho Seco, onde Manoel André acampou no primeiro dia, quando procurava uma fonte de água doce onde pudesse se instalar”.
Abrigando-se sob a árvore teria proferido: “Esta Arapiraca será minha moradia”. Pungente no comércio, mas com a genética inclinada para o fumo e outras atividades agropecuárias, o município vem sofrendo importantes modificações.
A cidade que eu conheci mais de perto há cinco anos já não é a mesma. De fato, há um estado permanente, eu diria frenético, de ebulição. Beneficiada por uma série de boas administrações, a cidade ferve, se expande, transpira prosperidade. É um manancial de oportunidades. Vale acrescentar que sua riqueza é fruto do trabalho de uma miríade de pequenos agricultores. Houve em Arapiraca uma salutar e espontânea reforma agrária.
Falecido em 1935, Francisco de Paula Magalhães é apontado como o pioneiro na cultura do tabaco em Arapiraca. Se hoje o fumo não mostra a mesma força, seu apogeu, nos anos 60-70, tornou-a a “capital brasileira do fumo”, fama que lhe trouxe grande prestígio econômico.
No rol dos continuadores de Paula Magalhães estão Eduardinho, Gabi, Aurelino, Severino das Bananeiras, Adalberto Rocha, Deca Moço, Geraldo Lyra, Zé Alexandre, os irmãos Genilson e Jadielson, Zé Pivete, dentre tantos outros.
Arapiraca vai além do fumo e do glorioso ASA. Há poucos meses foi destaque numa revista de circulação nacional como exemplo a ser seguido pelo país. É presença forte na política nacional. O atual prefeito, Luciano Barbosa, foi ministro do governo FHC. A deputada eleita Célia Rocha, ex-prefeita da cidade, é uma das maiores lideranças do Estado.
Na Educação, Arapiraca vive momento de efervescência com a implantação de unidades da UFAL. Nesse item, o educador Moacir Teófilo dirigente do sexagenário Colégio Bom Conselho é um ícone.
No quesito Saúde, além dos tradicionais estabelecimentos, novos hospitais despontam, bem aparelhados e com equipes qualificadas.
Neste cenário de conquistas, um hábito ameaça a integridade física dos arapiraquenses: a disseminação da bombástica mistura álcool/motocicleta, aliada a proporcional ojeriza pelas mais elementares precauções, vem transformando prosaicos passeios em grandes tragédias. Hoje, acidentes com motos respondem por ¼ dos internamentos na UE do Agreste.

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