O habilidoso cirurgião Luiz Carlos Buarque de Gusmão, ex-aluno e meu companheiro de plantão em Arapiraca, é também celebrado como um dos mais tinhosos caçadores do agreste e do sertão. Respeitado professor de anatomia de sucessivas gerações de médicos formados na Ufal, Manga-Rosa - apelido que o consagrou -, sobreviverá muitos anos ainda como caçador, mas como anatomista é uma espécime em extinção.
Aos não iniciados na Arte de Hipócrates uma explicação: desde os primórdios e ao longo do tempo, o ensino da anatomia constituiu-se na porta de entrada e num dos principais pilares do conhecimento médico. Cartão de visita e primeiro grande gargalo do curso, não é por acaso que os professores que a ela se dedicam revestem-se de uma aura de rigidez, de exigência, que os faziam odiados ou amados, mas certamente os mais temidos do curso. Por tudo, era praticamente impossível um médico esquecer do nome do seu professor de anatomia.
Na Ufal, Gusmão incorporou essa milenar tradição que entre nós começou há sessenta anos. Sobre os seus ombros pesa a responsabilidade de suceder ao grande Augusto Cardoso, o mais representativo membro da comunidade dos anatomistas de Alagoas.
Como assinalei acima, não só Manga-Rosa mas outros anatomistas correm o risco de ser varridos do planeta. É que o ensino da anatomia, anteriormente contemplado com dois anos, vem sofrendo processo de atrofia, até o momento atual de apenas algumas semanas.
Os mentores da atual grade curricular do curso de medicina não fazem segredo que a proposta fundamental é "formar cidadãos" que se revelem sensíveis às grandes questões nacionais: injustiças sociais, imoral concentração de riquezas e outras que tais.Do ponto de vista de medicina propriamente dito, a ideia é de se
sobrar tempo, preparar
profissionais para atender ao SUS.
A bem da verdade, essa tendência de tentar esquerdizar (viúvas inconformadas do fracassado comunismo) o ensino não é privilégio do curso médico, muito menos do de Alagoas. A esse respeito, o colunista da revista Veja Gustavo Ioschpe teceu oportunos comentários. A conclusão é que todos os professores que teimarem em ensinar medicina no curso médico estão com seus dias contados, do anatomista ao neurologista. As vagas serão destinadas a psicólogos, assistentes sociais, historiadores, filósofos, cientistas políticos, economistas, sociólogos...
terça-feira, 29 de junho de 2010
CHUTES NO SACO
Dias atrás, fui surpreendido com a notícia da morte do prof. Grangeiros Neto - no plural, como ele gostava de ser tratado. Fui seu aluno de Português no velho Diocesano da Rua do Macena. Suas aulas tinham o poder de entusiasmar os ouvintes. Gostávamos de sua riqueza vocabular, da fala rebuscada, da voz empostada, dos comentários ferinos, das ironias, dos autoelogios e até do seu ar de superioridade intelectual. Ainda hoje guardo frases inteiras, tipo: “Com o rosto sulcado pelo arado do tempo...” .
Minha admiração e gratidão eram por conta do respeito pessoal, do estímulo para estudar, ler mais. Ficava encabulado, quando ele – intransigente cultor do vernáculo -, mais de uma vez se disse meu “ledor”. Naquelas horas falava de mim para comigo: “cara, você precisa melhorar para não decepcionar seu velho mestre”.
Embora não tenha acompanhado pari passu a trajetória acadêmica e profissional de Grangeiros, sabia que ele tinha vivido uma frutuosa (adjetivo que ele afirmava ter consagrado num dado Natal) vida acadêmica. Era um homem bem-sucedido também no campo jurídico, tanto que, ultimamente, dedilhando seus pianos, desfrutava das amenidades de "sua" Marechal com dignidade. O fato é que Alagoas perdeu um filho ilustre e seus antigos alunos uma das melhores referências.
Um urubu pousou mesmo na sorte de Alagoas. Menos pelo Lula, que desta vez apressou-se em por aqui passar dando uma de diligente chefe de nação. Nem sempre foi assim. Em janeiro de 2004, por exemplo, sem eleições por perto, uma cheia de proporções semelhantes às de Alagoas e Pernambuco abateu-se sobre o Sudeste, causando mortes, destruições e desabrigados. Naquela ocasião, chocaria a todos a foto do indiferente e feliz presidente nas primeiras páginas dos jornais... tocando violão. Seria comparado a Nero, o tarado que tocava cítara, lira e harpa enquanto Roma ardia em chamas. Ainda bem que desta vez não vi fotos do “último São João” no Planalto, comemorado com a grandeza do baile da Ilha Fiscal.
Não obstante as promessas de liberação de milhões para recuperar as cidades devastadas, continuo a achar que Alagoas afundou de cabeça para baixo no seu inferno zodiacal. Sim, porque se não bastassem as inclemências da natureza (e imperdoáveis irresponsabilidades humanas), eis que um dos nossos líderes políticos mais ativos é alvo de denúncias de condenação judicial, segundo a revista Istoé desta semana. Com efeito, citado com estardalhaço, junto com assessores e outros figurões, o impedimento da candidatura de Ronaldo Lessa vai além de uma dor narcísica, é mais um chute no maltratado saco do alagoano.
Minha admiração e gratidão eram por conta do respeito pessoal, do estímulo para estudar, ler mais. Ficava encabulado, quando ele – intransigente cultor do vernáculo -, mais de uma vez se disse meu “ledor”. Naquelas horas falava de mim para comigo: “cara, você precisa melhorar para não decepcionar seu velho mestre”.
Embora não tenha acompanhado pari passu a trajetória acadêmica e profissional de Grangeiros, sabia que ele tinha vivido uma frutuosa (adjetivo que ele afirmava ter consagrado num dado Natal) vida acadêmica. Era um homem bem-sucedido também no campo jurídico, tanto que, ultimamente, dedilhando seus pianos, desfrutava das amenidades de "sua" Marechal com dignidade. O fato é que Alagoas perdeu um filho ilustre e seus antigos alunos uma das melhores referências.
Um urubu pousou mesmo na sorte de Alagoas. Menos pelo Lula, que desta vez apressou-se em por aqui passar dando uma de diligente chefe de nação. Nem sempre foi assim. Em janeiro de 2004, por exemplo, sem eleições por perto, uma cheia de proporções semelhantes às de Alagoas e Pernambuco abateu-se sobre o Sudeste, causando mortes, destruições e desabrigados. Naquela ocasião, chocaria a todos a foto do indiferente e feliz presidente nas primeiras páginas dos jornais... tocando violão. Seria comparado a Nero, o tarado que tocava cítara, lira e harpa enquanto Roma ardia em chamas. Ainda bem que desta vez não vi fotos do “último São João” no Planalto, comemorado com a grandeza do baile da Ilha Fiscal.
Não obstante as promessas de liberação de milhões para recuperar as cidades devastadas, continuo a achar que Alagoas afundou de cabeça para baixo no seu inferno zodiacal. Sim, porque se não bastassem as inclemências da natureza (e imperdoáveis irresponsabilidades humanas), eis que um dos nossos líderes políticos mais ativos é alvo de denúncias de condenação judicial, segundo a revista Istoé desta semana. Com efeito, citado com estardalhaço, junto com assessores e outros figurões, o impedimento da candidatura de Ronaldo Lessa vai além de uma dor narcísica, é mais um chute no maltratado saco do alagoano.
domingo, 20 de junho de 2010
A PARTE QUE RESTA
É natural que todos cantem hinos de louvores a si próprios. Na conheço governo ou instituição privada que se autoesculhambe, que deprecie seus produtos. Pode ser o maior engodo do mundo, a maior porcaria, mas os caras estão lá, anunciando maravilhas.
É mais ou menos o que está acontecendo neste período pré-eleitoral. Partidos e pessoas com posturas de homens de bem – poucos são de verdade - a se auto-elogiarem, a contar gogas, “farosos”, como dizem os mais jovens. O cara é o político mais ordinário do planeta, com um histórico mais sujo do que pau de galinheiro e, no entanto, aparece manso, voz pausada, didático, ar de Santa Terezinha, como a dizer: “estou mais uma vez aí, bando de babacas”.
Feridas que só fazem crescer, os problemas da saúde no País só se avolumam e se agravam. Ainda no governo de F. Henrique, o cirurgião Adib Jatene, na época ministro da Saúde, conseguiu emplacar um imposto provisório para dar um refrigério ao setor.
“Contribuição” provisória, o governo Lula esforçou-se, sem sucesso, para mantê-lo. Provando que, na oposição, sempre apostou no “quanto pior, melhor”, Lula foi contra sua criação. Aliás, ele também se opôs ao Plano Real, leito no qual, por ironia do destino, desliza a economia.
Pois bem, os governos, hoje e sempre, têm gasto fortunas para, em versos e prosas, encherem a bola de suas gestões. Exaltam-se obras reais e imaginárias (muitas delas amontoados de escombros abandonadas) nos horários nobres de rádios e TVs, massacrando mentes incautas com delírios lisérgicos dos publicitários.
São estradas de primeiro mundo, fábricas impecáveis, hospitais assépticos e diligentes, guardas que orientam, escolas maravilhosas, onde crianças estudam, brincam e se alimentam. Para fechar os filminhos, pessoas do povo prestam, de forma “espontânea”, comoventes depoimentos.
Numa dessas recentes peças de sonho, após o locutor fazer uma introdução laudatória ao Governo Federal, há a participação de “trabalhadores” e crianças, cada um com a sua fala: um está com a carteira assinada; o outro comprou a casa própria; o terceiro voltou a estudar; o quarto foi bem atendido num posto de saúde.
Nós outros, que não temos escola pública para os netos, vivendo em estado de insegurança, somos obrigados a pagar planos de saúde, sujeitos à dengue (que, pela incúria das autoridades sanitárias, voltou com todo gás), ficamos nos perguntando qual a nossa parte nesta propaganda: apenas pagar impostos?
É mais ou menos o que está acontecendo neste período pré-eleitoral. Partidos e pessoas com posturas de homens de bem – poucos são de verdade - a se auto-elogiarem, a contar gogas, “farosos”, como dizem os mais jovens. O cara é o político mais ordinário do planeta, com um histórico mais sujo do que pau de galinheiro e, no entanto, aparece manso, voz pausada, didático, ar de Santa Terezinha, como a dizer: “estou mais uma vez aí, bando de babacas”.
Feridas que só fazem crescer, os problemas da saúde no País só se avolumam e se agravam. Ainda no governo de F. Henrique, o cirurgião Adib Jatene, na época ministro da Saúde, conseguiu emplacar um imposto provisório para dar um refrigério ao setor.
“Contribuição” provisória, o governo Lula esforçou-se, sem sucesso, para mantê-lo. Provando que, na oposição, sempre apostou no “quanto pior, melhor”, Lula foi contra sua criação. Aliás, ele também se opôs ao Plano Real, leito no qual, por ironia do destino, desliza a economia.
Pois bem, os governos, hoje e sempre, têm gasto fortunas para, em versos e prosas, encherem a bola de suas gestões. Exaltam-se obras reais e imaginárias (muitas delas amontoados de escombros abandonadas) nos horários nobres de rádios e TVs, massacrando mentes incautas com delírios lisérgicos dos publicitários.
São estradas de primeiro mundo, fábricas impecáveis, hospitais assépticos e diligentes, guardas que orientam, escolas maravilhosas, onde crianças estudam, brincam e se alimentam. Para fechar os filminhos, pessoas do povo prestam, de forma “espontânea”, comoventes depoimentos.
Numa dessas recentes peças de sonho, após o locutor fazer uma introdução laudatória ao Governo Federal, há a participação de “trabalhadores” e crianças, cada um com a sua fala: um está com a carteira assinada; o outro comprou a casa própria; o terceiro voltou a estudar; o quarto foi bem atendido num posto de saúde.
Nós outros, que não temos escola pública para os netos, vivendo em estado de insegurança, somos obrigados a pagar planos de saúde, sujeitos à dengue (que, pela incúria das autoridades sanitárias, voltou com todo gás), ficamos nos perguntando qual a nossa parte nesta propaganda: apenas pagar impostos?
sábado, 12 de junho de 2010
COPA, EM BUSCA DA EMOÇÃO PERDIDA

Na quinta-feira, a cerimônia de abertura da Copa do Mundo não teve, a meu ver, o brilho de outras. É possível que o julgamento seja precipitado, até por não ser um expert em aberturas ou fechamentos de Copas do Mundo. Cumprindo jornada de trabalho num hospital de emergência, talvez tenha perdido os melhores momentos que fizeram referência ao motivo da celebração: um torneio de futebol. O fato é que não senti qualquer entusiasmo especial, a não ser no final, com a apresentação de Shakira, a simpática cantora colombiana, interpretando a música-tema do evento. Os colegas de plantão também elogiaram a performance de Shakira e até se cogitou fazer uma vaquinha para vê-la cantar em Arapiraca.
Abertura de Copa não é mesmo a minha praia. Ainda sou daqueles que preferem sonolentos modelos tradicionais, com desfiles de delegações no estádio, grupos de dança, um pouco de folclore (só um pouco, que é para não enjoar), ginastas, música (por que não?), sujeitos engolindo fogo, outros se espetando em espadas, coreografias usando o público, enfim, o modelo mais tradicional e conservador, sempre girando em torno da bola. Ah! E discursos breves.
A grande verdade é que esta Copa não está empolgando. Lembro de décadas anteriores, certamente menos velho, participando com a família de grupos de torcida, acertando encontros nas casas dos amigos. Algumas derrotas ficariam retidas na memória. Numa dessas, no restaurante Bebaki, do engenheiro José Augusto. De tão desgostoso, seu proprietário fechou o próspero estabelecimento, desde então considerado inadequado para assistir a jogos do Brasil.
Desmotivado, ainda não consegui decorar os nomes dos jogadores do nosso escrete. Não sei, por exemplo, quem é o lateral esquerdo.
Seja quem for, concordo com o Dunga pela não convocação de Roberto Carlos, não obstante hoje batendo um bolão pelo Corinthians - sua imagem ajeitando a meia, enquanto a França encaçapava em nossas redes, permanece muito viva em nossas lembranças. Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Gorducho, Adriano CV e os infantes Neymar e Ganso, por motivos diversos não eram boas opções. O técnico fez bem em não chamá-los.
Machado de Assis, em famoso poema sobre o Natal, concluiria com o estrofe: “E, em vão lutando/ contra o metro adverso/ Só lhe saiu este pequeno verso: Mudaria o Natal ou mudei eu?” Carente da emoção para vivenciar o momento esportivo, tomo carona em MA e também me pergunto: mudou a Copa, ou mudei eu?
domingo, 6 de junho de 2010
A CÉSAR E AOS SINDICATOS
Habitualmente embotado por um discurso ambíguo, oposto ao que costumava pregar quando militava nas oposições, Lula foi peremptório ao dizer que com 10% de imposto nenhum governo faz nada. A fala, aparentemente justa, vem recebendo críticas de setores que apreciam a questão com olhar técnico.
Lula compara nossa imoral taxa de impostos com a dos países mais desenvolvidos e chega à conclusão de que por aqui nossa cota de sacrifício é semelhante, não havendo, portanto, nenhum exagero nos quase 40%. Claro que algumas pessoas pagam muito mais.
Imposto não é invenção do Lula, do PT ou do FHC. Lá atrás, o Império Romano dominava os derrotados impondo-lhes o idioma e impostos escorchantes. Nesse aspecto, o Novo Testamento faz-lhe referência em pelo menos duas oportunidades. Numa delas, Jesus convida Zaqueu, odiado cobrador de impostos, para um jantar. Consta que, após isso, o sinistro anão teria devolvido aos contribuintes boa parte do arrecadado. Na outra, o Messias é instado a opinar sobre a obrigação de pagar impostos aos romanos; tergiversando, o Mestre manda os interlocutores confirmarem se é de César a esfinge da moeda, ao que conclui: “A César o que é de César”.
O fato é que o cabo eleitoral Lula, hoje carregando mala sem alça, com surrado discurso, não abre mão de impostos mesmo os aplicando em serviços de baixíssima qualidade. Temendo represálias, os contribuintes são encostados indefesos contra a parede. Para vergonha do órgão (Secretaria da Receita Federal), a própria estrutura presta-se como arma de perseguição aos críticos do governo, como foi o recente caso de varreduras de declarações de renda de alguns oficiais do exército, conforme denúncias da imprensa. Stalin não se sairia melhor.
O lógico seria que a grana arrecadada promovesse o bem-estar da coletividade. Sugiro até algumas coisas: educação e saúde de qualidade, não essas nojeiras que são oferecidas. Segurança, transportes coletivos etc, etc...
Mas o mais gostoso de tudo é ler na Gazeta que as Centrais Sindicais já receberam do governo Lula 228,3 milhões. Com a bufunfa, os sindicatos, em sinal de gratidão, dentre mil mimos inconfessáveis, patrocinam convenções partidárias e campanhas eleitorais dos companheiros
Em Maceió, segundo a mesma fonte, a prefeitura pensa investir milhões em um “Cofre-forte”. Nada contra, desde que antes saldasse os débitos com médicos, vencidos há um ano, com a presteza com que espera lhes sugar os impostos.
Lula compara nossa imoral taxa de impostos com a dos países mais desenvolvidos e chega à conclusão de que por aqui nossa cota de sacrifício é semelhante, não havendo, portanto, nenhum exagero nos quase 40%. Claro que algumas pessoas pagam muito mais.
Imposto não é invenção do Lula, do PT ou do FHC. Lá atrás, o Império Romano dominava os derrotados impondo-lhes o idioma e impostos escorchantes. Nesse aspecto, o Novo Testamento faz-lhe referência em pelo menos duas oportunidades. Numa delas, Jesus convida Zaqueu, odiado cobrador de impostos, para um jantar. Consta que, após isso, o sinistro anão teria devolvido aos contribuintes boa parte do arrecadado. Na outra, o Messias é instado a opinar sobre a obrigação de pagar impostos aos romanos; tergiversando, o Mestre manda os interlocutores confirmarem se é de César a esfinge da moeda, ao que conclui: “A César o que é de César”.
O fato é que o cabo eleitoral Lula, hoje carregando mala sem alça, com surrado discurso, não abre mão de impostos mesmo os aplicando em serviços de baixíssima qualidade. Temendo represálias, os contribuintes são encostados indefesos contra a parede. Para vergonha do órgão (Secretaria da Receita Federal), a própria estrutura presta-se como arma de perseguição aos críticos do governo, como foi o recente caso de varreduras de declarações de renda de alguns oficiais do exército, conforme denúncias da imprensa. Stalin não se sairia melhor.
O lógico seria que a grana arrecadada promovesse o bem-estar da coletividade. Sugiro até algumas coisas: educação e saúde de qualidade, não essas nojeiras que são oferecidas. Segurança, transportes coletivos etc, etc...
Mas o mais gostoso de tudo é ler na Gazeta que as Centrais Sindicais já receberam do governo Lula 228,3 milhões. Com a bufunfa, os sindicatos, em sinal de gratidão, dentre mil mimos inconfessáveis, patrocinam convenções partidárias e campanhas eleitorais dos companheiros
Em Maceió, segundo a mesma fonte, a prefeitura pensa investir milhões em um “Cofre-forte”. Nada contra, desde que antes saldasse os débitos com médicos, vencidos há um ano, com a presteza com que espera lhes sugar os impostos.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
MEDICO, MODO DE USAR
Médico, modo de usar|RONALD MENDONÇA *
Houve uma época que a média dos salários (não era grande coisa) dos médicos oscilava em 10 salários mínimos por 20 horas semanais. Eis que, surgidos das sombras, apareceram os sindicalistas. Com raras e honrosas exceções, essas aves querendo cubanizar o País, transformaram a “classe” médica em “categoria da saúde”. Logo depois os pândegos esculhambaram de vez a coisa ao assumirem as secretarias de saúde dos Estados. Os salários afundaram.
Hoje, entre o trágico e o cômico, sindicatos boiam do peleguismo às bravatas, de acordo com os interesses pessoais dos sindicalistas. O município de Maceió paga mil reais, e até o ético CRM de Alagoas, que deveria dar o exemplo, abre concurso para médico com salário de
dois mil reais!
A propósito, recebi e-mail versando sobre o “modo seguro de uso do médico”. Por limitações do espaço, sintetizei o elucidativo texto.
“1 – Médico dorme. Pode parecer mentira, mas médico precisa dormir, como qualquer outra pessoa. 2 – Médico come. Parece inacreditável, mas é verdade. Médico também precisa se alimentar, e tem hora para isso. 3 – Médico pode ter família. Essa é a mais incrível de todas: mesmo sendo um médico, nos fins de semana a pessoa precisa descansar, dar atenção à família, e a si próprio, sem pensar ou falar sobre doenças, internações, receitas, etc. 4 – Médico, como qualquer cidadão, precisa de dinheiro. É surpreendente, mas médico também paga impostos, compra comida, etc. Entendeu agora o motivo de ele cobrar uma consulta? Calote é feio e dá cadeia. 5 – Ler, estudar, é trabalho. E trabalho sério. Não é piada. 6 – Não é possível examinar pacientes pelo telefone. 7 – De uma vez por todas, vale reforçar: médico não tem bola de cristal. 8 – Em reuniões de amigos ou festas de família, o médico deixa de ser médico e reassume seu posto de amigo ou parente, exatamente como era antes de se graduar. 9 –- Não existe “parecerzinho”, “opiniãozinha” – qualquer parecer ou opinião tem que ser analisada e, é claro, deve ser cobrada. 10 – Celular é ferramenta de trabalho. Por favor, ligue apenas quando necessário. 11 – Antes da consulta: marque hora. 12 – Quando se diz que o horário de atendimento do período da manhã é até 12 horas, não significa que você pode chegar às 11h55 a exigir atendimento. 13 – Na hora da consulta, não encha o consultório de parentes
e curiosos. Importante: não “file” consulta. 14 – Respeite a quem dá valor à sua saúde e a sua vida!”.
Houve uma época que a média dos salários (não era grande coisa) dos médicos oscilava em 10 salários mínimos por 20 horas semanais. Eis que, surgidos das sombras, apareceram os sindicalistas. Com raras e honrosas exceções, essas aves querendo cubanizar o País, transformaram a “classe” médica em “categoria da saúde”. Logo depois os pândegos esculhambaram de vez a coisa ao assumirem as secretarias de saúde dos Estados. Os salários afundaram.
Hoje, entre o trágico e o cômico, sindicatos boiam do peleguismo às bravatas, de acordo com os interesses pessoais dos sindicalistas. O município de Maceió paga mil reais, e até o ético CRM de Alagoas, que deveria dar o exemplo, abre concurso para médico com salário de
dois mil reais!
A propósito, recebi e-mail versando sobre o “modo seguro de uso do médico”. Por limitações do espaço, sintetizei o elucidativo texto.
“1 – Médico dorme. Pode parecer mentira, mas médico precisa dormir, como qualquer outra pessoa. 2 – Médico come. Parece inacreditável, mas é verdade. Médico também precisa se alimentar, e tem hora para isso. 3 – Médico pode ter família. Essa é a mais incrível de todas: mesmo sendo um médico, nos fins de semana a pessoa precisa descansar, dar atenção à família, e a si próprio, sem pensar ou falar sobre doenças, internações, receitas, etc. 4 – Médico, como qualquer cidadão, precisa de dinheiro. É surpreendente, mas médico também paga impostos, compra comida, etc. Entendeu agora o motivo de ele cobrar uma consulta? Calote é feio e dá cadeia. 5 – Ler, estudar, é trabalho. E trabalho sério. Não é piada. 6 – Não é possível examinar pacientes pelo telefone. 7 – De uma vez por todas, vale reforçar: médico não tem bola de cristal. 8 – Em reuniões de amigos ou festas de família, o médico deixa de ser médico e reassume seu posto de amigo ou parente, exatamente como era antes de se graduar. 9 –- Não existe “parecerzinho”, “opiniãozinha” – qualquer parecer ou opinião tem que ser analisada e, é claro, deve ser cobrada. 10 – Celular é ferramenta de trabalho. Por favor, ligue apenas quando necessário. 11 – Antes da consulta: marque hora. 12 – Quando se diz que o horário de atendimento do período da manhã é até 12 horas, não significa que você pode chegar às 11h55 a exigir atendimento. 13 – Na hora da consulta, não encha o consultório de parentes
e curiosos. Importante: não “file” consulta. 14 – Respeite a quem dá valor à sua saúde e a sua vida!”.
MEDICO, MODO DE USAR
Médico, modo de usar|RONALD MENDONÇA *
Houve uma época que a média dos salários (não era grande coisa) dos médicos oscilava em 10 salários mínimos por 20 horas semanais. Eis que, surgidos das sombras, apareceram os sindicalistas. Com raras e honrosas exceções, essas aves querendo cubanizar o País, transformaram a “classe” médica em “categoria da saúde”. Logo depois os pândegos esculhambaram de vez a coisa ao assumirem as secretarias de saúde dos Estados. Os salários afundaram.
Hoje, entre o trágico e o cômico, sindicatos boiam do peleguismo às bravatas, de acordo com os interesses pessoais dos sindicalistas. O município de Maceió paga mil reais, e até o ético CRM de Alagoas, que deveria dar o exemplo, abre concurso para médico com salário de
dois mil reais!
A propósito, recebi e-mail versando sobre o “modo seguro de uso do médico”. Por limitações do espaço, sintetizei o elucidativo texto.
“1 – Médico dorme. Pode parecer mentira, mas médico precisa dormir, como qualquer outra pessoa. 2 – Médico come. Parece inacreditável, mas é verdade. Médico também precisa se alimentar, e tem hora para isso. 3 – Médico pode ter família. Essa é a mais incrível de todas: mesmo sendo um médico, nos fins de semana a pessoa precisa descansar, dar atenção à família, e a si próprio, sem pensar ou falar sobre doenças, internações, receitas, etc. 4 – Médico, como qualquer cidadão, precisa de dinheiro. É surpreendente, mas médico também paga impostos, compra comida, etc. Entendeu agora o motivo de ele cobrar uma consulta? Calote é feio e dá cadeia. 5 – Ler, estudar, é trabalho. E trabalho sério. Não é piada. 6 – Não é possível examinar pacientes pelo telefone. 7 – De uma vez por todas, vale reforçar: médico não tem bola de cristal. 8 – Em reuniões de amigos ou festas de família, o médico deixa de ser médico e reassume seu posto de amigo ou parente, exatamente como era antes de se graduar. 9 –- Não existe “parecerzinho”, “opiniãozinha” – qualquer parecer ou opinião tem que ser analisada e, é claro, deve ser cobrada. 10 – Celular é ferramenta de trabalho. Por favor, ligue apenas quando necessário. 11 – Antes da consulta: marque hora. 12 – Quando se diz que o horário de atendimento do período da manhã é até 12 horas, não significa que você pode chegar às 11h55 a exigir atendimento. 13 – Na hora da consulta, não encha o consultório de parentes
e curiosos. Importante: não “file” consulta. 14 – Respeite a quem dá valor à sua saúde e a sua vida!”.
Houve uma época que a média dos salários (não era grande coisa) dos médicos oscilava em 10 salários mínimos por 20 horas semanais. Eis que, surgidos das sombras, apareceram os sindicalistas. Com raras e honrosas exceções, essas aves querendo cubanizar o País, transformaram a “classe” médica em “categoria da saúde”. Logo depois os pândegos esculhambaram de vez a coisa ao assumirem as secretarias de saúde dos Estados. Os salários afundaram.
Hoje, entre o trágico e o cômico, sindicatos boiam do peleguismo às bravatas, de acordo com os interesses pessoais dos sindicalistas. O município de Maceió paga mil reais, e até o ético CRM de Alagoas, que deveria dar o exemplo, abre concurso para médico com salário de
dois mil reais!
A propósito, recebi e-mail versando sobre o “modo seguro de uso do médico”. Por limitações do espaço, sintetizei o elucidativo texto.
“1 – Médico dorme. Pode parecer mentira, mas médico precisa dormir, como qualquer outra pessoa. 2 – Médico come. Parece inacreditável, mas é verdade. Médico também precisa se alimentar, e tem hora para isso. 3 – Médico pode ter família. Essa é a mais incrível de todas: mesmo sendo um médico, nos fins de semana a pessoa precisa descansar, dar atenção à família, e a si próprio, sem pensar ou falar sobre doenças, internações, receitas, etc. 4 – Médico, como qualquer cidadão, precisa de dinheiro. É surpreendente, mas médico também paga impostos, compra comida, etc. Entendeu agora o motivo de ele cobrar uma consulta? Calote é feio e dá cadeia. 5 – Ler, estudar, é trabalho. E trabalho sério. Não é piada. 6 – Não é possível examinar pacientes pelo telefone. 7 – De uma vez por todas, vale reforçar: médico não tem bola de cristal. 8 – Em reuniões de amigos ou festas de família, o médico deixa de ser médico e reassume seu posto de amigo ou parente, exatamente como era antes de se graduar. 9 –- Não existe “parecerzinho”, “opiniãozinha” – qualquer parecer ou opinião tem que ser analisada e, é claro, deve ser cobrada. 10 – Celular é ferramenta de trabalho. Por favor, ligue apenas quando necessário. 11 – Antes da consulta: marque hora. 12 – Quando se diz que o horário de atendimento do período da manhã é até 12 horas, não significa que você pode chegar às 11h55 a exigir atendimento. 13 – Na hora da consulta, não encha o consultório de parentes
e curiosos. Importante: não “file” consulta. 14 – Respeite a quem dá valor à sua saúde e a sua vida!”.
Anna Bella, uma loucura idealizada
“Simples psiquiatra”, segundo a definição de um sindicalista, o médico que se dedica a essa complexa especialidade é antes de tudo um guerreiro. Falo por vivência própria. Desde a mais remota infância andei por hospitais psiquiátricos. Primeiro, na Casa de Saúde Miguel Couto, em Bebedouro, onde por mais de 10 anos meu pai trabalhou com Mário Morcef, na época o mais famoso. Depois, conheci o Hospital Portugal Ramalho, onde meu pai também militou e chegou a dirigi-lo, substituindo o bonachão Aníbal Sarmento, outro conhecido alienista.
Mas foi a vivência na Clínica de Repouso José Lopes de Mendonça, onde literalmente morei a partir dos meus doze anos, que imprimiu indelével marca, um razoável faro clínico para doença mental, que neste mundo maluco muito me serve para conviver com pessoas, e exercer a minha especialidade não psiquiátrica.
É com este olhar que saio em defesa da especialidade, aqui e acolá desagradando. Fui voz quase solitária insurgindo-me contra uma babaquice que se denominou “luta antimanicomial”, braço psiquiátrico do PT, cavalho de batalha de um bisonho deputado-psicólogo.
Não me arrependo de haver bancado o otário numa sessão pública de cartas marcadas na Câmara Municipal de Maceió, onde vereadores do PT fingiam imparcialidade. Fazia tempo que não ouvia tantas bobagens. Por ironia do destino, um dos mais representativos membros da “luta antimanicomial” em Alagoas tornou-se recorrente cliente de clínicas psiquiátricas.
As reminiscências correm por conta do filme -“média metragem”- do psiquiatra Mário Feijó, exibido há algumas semanas no Colégio Marista. Peça amadorística, familiar, espécie de confraternização de colegas de trabalho e amigos, não obstante, ressalto o esforço de alguns “atores”, sobretudo nas esteriotipias histéricas e neurológicas (discinesias, impregnação neuroléptica, crise convulsiva).
Num clima em que a doença foi tratada com leveza e o hospital quase paradisíaco, recuso-me pensar que se trata de uma peça de propaganda enganosa do governo. Num dado momento, enquanto assistia, fantasiei como seria bom passar uns dias lá internado, sendo tratado por tanta gente dedicada, atenciosa e competente.
No fundo, a licenciosidade poética guarda comovente intenção de transmitir uma imagem idealizada dos frenocômios – satirizados no texto de O Alienista de Machado de Assis – tão vilipendiados através de filmes iconoclastas tipo Estranho no Ninho e Bicho de Sete Cabeças.
Mas foi a vivência na Clínica de Repouso José Lopes de Mendonça, onde literalmente morei a partir dos meus doze anos, que imprimiu indelével marca, um razoável faro clínico para doença mental, que neste mundo maluco muito me serve para conviver com pessoas, e exercer a minha especialidade não psiquiátrica.
É com este olhar que saio em defesa da especialidade, aqui e acolá desagradando. Fui voz quase solitária insurgindo-me contra uma babaquice que se denominou “luta antimanicomial”, braço psiquiátrico do PT, cavalho de batalha de um bisonho deputado-psicólogo.
Não me arrependo de haver bancado o otário numa sessão pública de cartas marcadas na Câmara Municipal de Maceió, onde vereadores do PT fingiam imparcialidade. Fazia tempo que não ouvia tantas bobagens. Por ironia do destino, um dos mais representativos membros da “luta antimanicomial” em Alagoas tornou-se recorrente cliente de clínicas psiquiátricas.
As reminiscências correm por conta do filme -“média metragem”- do psiquiatra Mário Feijó, exibido há algumas semanas no Colégio Marista. Peça amadorística, familiar, espécie de confraternização de colegas de trabalho e amigos, não obstante, ressalto o esforço de alguns “atores”, sobretudo nas esteriotipias histéricas e neurológicas (discinesias, impregnação neuroléptica, crise convulsiva).
Num clima em que a doença foi tratada com leveza e o hospital quase paradisíaco, recuso-me pensar que se trata de uma peça de propaganda enganosa do governo. Num dado momento, enquanto assistia, fantasiei como seria bom passar uns dias lá internado, sendo tratado por tanta gente dedicada, atenciosa e competente.
No fundo, a licenciosidade poética guarda comovente intenção de transmitir uma imagem idealizada dos frenocômios – satirizados no texto de O Alienista de Machado de Assis – tão vilipendiados através de filmes iconoclastas tipo Estranho no Ninho e Bicho de Sete Cabeças.
PINTO EM LIXO
Esta Gazeta publicou na quarta-feira desta semana que a arrecadação de tributos federais totalizou R$ 70,906 bilhões em abril, segundo a Receita Federal. O resultado representa um crescimento real – acima do IPCA – de 16,75% em relação a abril de 2009 e de 18,66% em relação a março. No acumulado de janeiro a abril, a arrecadação atingiu R$ 256,889 bilhões, uma alta real de 12,52% na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado.
Pela série histórica da Receita, a arrecadação de abril é recorde para o mês. O crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior também é o maior dos últimos tempos. Otacílio Cartaxo, secretário da Receita federal, como todo cobrador de imposto nessas circunstâncias, está em estado orgásmico permanente, sobretudo porque a tendência é de recordes por cima de recordes.
Não é só Cartaxo que está em lua-de-mel. Modestos contribuintes como eu e milhões de outros também estamos em estado de graça. De fato, fico que não caibo em mim saber que participo da riqueza nacional com o suor e o cansaço sexagenários do meu trabalho diuturno. Por excesso de recato, nosso amigo não faz referência ao destino dessa dinheirama.
Como na canção do Balão Mágico, Sou feliz assim, dando dinheiro para o governo e o PT desperdiçarem com os milhares de sinecuras, largamente denunciados pela “imprensa hegemônica, antidemocrática e golpista” do país.
O povo brasileiro participa deste estado nirvanal que sustentou os mensalões (PT e DEM) e ensejou outras alegrias, pagou muitas cabeças de gado, orgias monumentais, surubas, apartamentos de luxo, jantares, viagens ao exterior, vestuário de griffe, sociedade em factoring...
Exulto ao carregar nas costas as ONGs que nutrem as invasões do MST de Rainha e Maranhão – o sem-terra de Boa Viagem. Tudo isso com o suor do velho bebedourense. É com este mesmo suor que o Bolsa Família funciona, patrocinando o ócio e as fraudes do programa – também relatadas pela imprensa burguesa rancorosa – e que graças a Deus está garantindo os índices de Lula e a performance vitoriosa da doce e autêntica Dilma Rousseff.
Mas hoje estou rindo com o vento. É que as denúncias do probo deputado Dudu Albuquerque me fascinaram. Como sabem, 20 parentes do parlamentar, que mamavam no governo sem trabalhar há 3 anos, foram demitidos. Outros 600 apaniguados do Legislativo estariam na mesma situação. Imaginem a satisfação de contribuir anos a fio com o bem-estar de gente tão qualificada!
Pela série histórica da Receita, a arrecadação de abril é recorde para o mês. O crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior também é o maior dos últimos tempos. Otacílio Cartaxo, secretário da Receita federal, como todo cobrador de imposto nessas circunstâncias, está em estado orgásmico permanente, sobretudo porque a tendência é de recordes por cima de recordes.
Não é só Cartaxo que está em lua-de-mel. Modestos contribuintes como eu e milhões de outros também estamos em estado de graça. De fato, fico que não caibo em mim saber que participo da riqueza nacional com o suor e o cansaço sexagenários do meu trabalho diuturno. Por excesso de recato, nosso amigo não faz referência ao destino dessa dinheirama.
Como na canção do Balão Mágico, Sou feliz assim, dando dinheiro para o governo e o PT desperdiçarem com os milhares de sinecuras, largamente denunciados pela “imprensa hegemônica, antidemocrática e golpista” do país.
O povo brasileiro participa deste estado nirvanal que sustentou os mensalões (PT e DEM) e ensejou outras alegrias, pagou muitas cabeças de gado, orgias monumentais, surubas, apartamentos de luxo, jantares, viagens ao exterior, vestuário de griffe, sociedade em factoring...
Exulto ao carregar nas costas as ONGs que nutrem as invasões do MST de Rainha e Maranhão – o sem-terra de Boa Viagem. Tudo isso com o suor do velho bebedourense. É com este mesmo suor que o Bolsa Família funciona, patrocinando o ócio e as fraudes do programa – também relatadas pela imprensa burguesa rancorosa – e que graças a Deus está garantindo os índices de Lula e a performance vitoriosa da doce e autêntica Dilma Rousseff.
Mas hoje estou rindo com o vento. É que as denúncias do probo deputado Dudu Albuquerque me fascinaram. Como sabem, 20 parentes do parlamentar, que mamavam no governo sem trabalhar há 3 anos, foram demitidos. Outros 600 apaniguados do Legislativo estariam na mesma situação. Imaginem a satisfação de contribuir anos a fio com o bem-estar de gente tão qualificada!
Äncoras
Esta semana, cheguei a ensaiar alguns comentários sobre as eleições presidenciais, sobretudo depois do “empate técnico” entre os candidatos Serra e Rousseff. Até onde vai o peso da beleza (ou a feiúra) exterior e interior no êxito dos candidatos é outro tema recorrente e rico.
É que setores da imprensa exaltam o visual cada vez mais soft da ex-ministra,transformando em passado a carranca, agora com as madeixas à Sharon Stone. Aliás, dona Dilma está a cópia fiel da Norma Benguel com o penteado da protagonista de Instinto Selvagem. Não foi por acaso seu equívoco ao publicar no seu blog uma foto de Benguel (jovem) julgando ser sua. Já o pobre Serra, visualmente falando, é uma catástrofe grega. Sério, é feíssimo; sorrindo, é medonho. Mas como disse alguém, se beleza fosse fundamental, a candidata seria a Sabrina Sato.
Eis que as dúvidas acabaram ao ler o artigo de Eduardo Bomfim de ontem. Está uma maravilha. Quem não leu, não sabe o que perdeu. Sempre antenado, com a isenção habitual, chama a atenção para âncoras tendenciosos e malintencionados.
No caso, o âncora em questão seria um partidário do Serra que recomendava seu alinhamento com a política do execrável espanhol José Maria Aznar. Pessoalmente, nada sei sobre Aznar, mas já odeio
esse terrível conservador recalcitrante.
Por falar em aliados (perigosos?) da direita, lembrei-me de um dos ícones da política paulista, ele mesmo, o Paulo Salim Maluf, uma das esperanças de voto de Dilma Rousseff para desbancar as vantagens de Serra no Sudeste.
Mas essa questão de âncora é mesmo complicada. É muito divertido o programa de uma determinada estação de rádio em que o âncora local demonstra não gostar do governador. Quem quiser saber as más notícias com colorido especial, sem qualquer preocupação de se mostrar imparcial, ligue a emissora.
A coisa é tão folclórica que dá a impressão que o jornalista acabou de aterrissar de outra galáxia. Parecendo que Vilela recebeu um filé do antecessor, o cara finge ficar abismado com a violência no Estado. Como se nao fosse um problema crönico (nem por isso menos grave), a pletora e o desmantelo do HGE deixam o sujeito revoltado. Ele nunca ouviu
falar de contubérnio concupiscente entre o executivo e o legislativo.
Desconhece vícios na escolha dos conselheiros do Tribunal de Contas. Escandaliza-se com supostas falcatruas em secretarias chaves (Fazenda, Educação, Saúde). Horroriza-se com obras superfaturadas, com crianças fora da escola, com assaltos na Rua do Comércio.
E pensar que até bem pouco tempo essa mesma emissora desmanchava-se em elogios ao governador.
É que setores da imprensa exaltam o visual cada vez mais soft da ex-ministra,transformando em passado a carranca, agora com as madeixas à Sharon Stone. Aliás, dona Dilma está a cópia fiel da Norma Benguel com o penteado da protagonista de Instinto Selvagem. Não foi por acaso seu equívoco ao publicar no seu blog uma foto de Benguel (jovem) julgando ser sua. Já o pobre Serra, visualmente falando, é uma catástrofe grega. Sério, é feíssimo; sorrindo, é medonho. Mas como disse alguém, se beleza fosse fundamental, a candidata seria a Sabrina Sato.
Eis que as dúvidas acabaram ao ler o artigo de Eduardo Bomfim de ontem. Está uma maravilha. Quem não leu, não sabe o que perdeu. Sempre antenado, com a isenção habitual, chama a atenção para âncoras tendenciosos e malintencionados.
No caso, o âncora em questão seria um partidário do Serra que recomendava seu alinhamento com a política do execrável espanhol José Maria Aznar. Pessoalmente, nada sei sobre Aznar, mas já odeio
esse terrível conservador recalcitrante.
Por falar em aliados (perigosos?) da direita, lembrei-me de um dos ícones da política paulista, ele mesmo, o Paulo Salim Maluf, uma das esperanças de voto de Dilma Rousseff para desbancar as vantagens de Serra no Sudeste.
Mas essa questão de âncora é mesmo complicada. É muito divertido o programa de uma determinada estação de rádio em que o âncora local demonstra não gostar do governador. Quem quiser saber as más notícias com colorido especial, sem qualquer preocupação de se mostrar imparcial, ligue a emissora.
A coisa é tão folclórica que dá a impressão que o jornalista acabou de aterrissar de outra galáxia. Parecendo que Vilela recebeu um filé do antecessor, o cara finge ficar abismado com a violência no Estado. Como se nao fosse um problema crönico (nem por isso menos grave), a pletora e o desmantelo do HGE deixam o sujeito revoltado. Ele nunca ouviu
falar de contubérnio concupiscente entre o executivo e o legislativo.
Desconhece vícios na escolha dos conselheiros do Tribunal de Contas. Escandaliza-se com supostas falcatruas em secretarias chaves (Fazenda, Educação, Saúde). Horroriza-se com obras superfaturadas, com crianças fora da escola, com assaltos na Rua do Comércio.
E pensar que até bem pouco tempo essa mesma emissora desmanchava-se em elogios ao governador.
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