JUSTA HOMENAGEM
RONALD MENDONÇA
MÉDICO E MEBRO DA AAL
Ontem, oficialmente, a Neurocirurgia alagoana
comemorou seus 40 anos de existência. Um
marco da chegada do jovem neurocirurgião caruaruense, vindo do Rio de Janeiro. Em
importância não pode ser comparada a outras, como a da fundação da Faculdade de Medicina de Alagoas, em 1950, ou
a criação da Escola de Ciências Médicas, em 1968. Mas o lugar na história da
medicina caeté está garantido.
Como primeira
consequência, cortar-se-iam laços da arraigada dependência científica que nos
amarravam a Recife. Não há dúvidas de que gritos de gratidão estão presos nas
gargantas de milhares de pacientes beneficiados com o nosso alvorecer
neurocirúrgico. Estamos muito orgulhosos do que fazemos. Somente nos últimos seis anos,
os neurocirurgiões da Santa Casa de Maceió realizaram perto de duas mil
neurocirurgias!
Singelamente, o evento, com o apoio do CRM (Conselho Regional
de Medicina), foi lembrado com sessões científicas de elevado nível, com a
participação de personagens que contribuíram para a construção da grandeza da
especialidade. Foi comovente a presença de pacientes. Quem não foi, não sabe o
que perdeu.
Com efeito, a "prata da casa" marcou presença com
palestras de jovens e maduros valores da especialidade, neurocirurgiões,
neurologistas, fisiatras, ortopedistas, reumatologistas. Vindos de longe,
sobretudo dos vizinhos estados e de São Paulo, também aqui acorreram grandes
nomes.
Pontuei, em pretérito
artigo, a dor dos doutorandos de 1971
com o acidente de um dos colegas de turma. Vítima de TCE, dolorosamente,
não havia ninguém com experiência para orientar o caso. Triste história, por sinal, que se repetia
além do que imaginávamos. Com a chegada
da Neurocirurgia, sua prima irmã, a Neurologia Clínica passaria a ser ensinada
nas escolas médicas.
A evolução foi natural, muitas vezes em saltos, numa imitação
ao darwinismo. Tudo foi muito rápido. É possível até não ter havido tempo
suficiente para festejar-se a chegada do primeiro Tomógrafo Computadorizado.
Logo a Santa Casa de Maceió importaria um aparelho de Ressonância Magnética,
num passo gigantesco em direção à perfeição diagnóstica. Nada se faz só. Outras
áreas médicas foram compelidas a crescer.
Olhando para trás é que se tem a verdadeira dimensão do
pioneirismo que guiou a decisão de Abynadá de aqui criar raízes e integrar-se ao modus vivendi da Província. Testemunha e
personagem dessa caminhada, participo
das homenagens a esse corajoso desbravador.
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