sábado, 8 de dezembro de 2012

JUSTA HOMENAGEM


JUSTA HOMENAGEM

RONALD MENDONÇA

MÉDICO E MEBRO DA AAL

 Ontem,  oficialmente, a Neurocirurgia alagoana comemorou seus 40 anos de existência.  Um marco da chegada do jovem neurocirurgião caruaruense, vindo do Rio de Janeiro. Em importância não pode ser comparada a outras, como a da fundação da  Faculdade de Medicina de Alagoas, em 1950, ou a criação da Escola de Ciências Médicas, em 1968. Mas o lugar na história da medicina caeté está garantido.

 Como primeira consequência, cortar-se-iam laços da arraigada dependência científica que nos amarravam a Recife. Não há dúvidas de que gritos de gratidão estão presos nas gargantas de milhares de pacientes beneficiados com o nosso alvorecer neurocirúrgico. Estamos muito orgulhosos do que fazemos. Somente nos últimos seis anos, os neurocirurgiões da Santa Casa de Maceió realizaram perto de duas mil neurocirurgias!

Singelamente, o evento, com o apoio do CRM (Conselho Regional de Medicina), foi lembrado com sessões científicas de elevado nível, com a participação de personagens que contribuíram para a construção da grandeza da especialidade. Foi comovente a presença de pacientes. Quem não foi, não sabe o que perdeu.

Com efeito, a "prata da casa" marcou presença com palestras de jovens e maduros valores da especialidade, neurocirurgiões, neurologistas, fisiatras, ortopedistas, reumatologistas. Vindos de longe, sobretudo dos vizinhos estados e de São Paulo, também aqui acorreram grandes nomes.

 Pontuei, em pretérito artigo, a dor dos doutorandos de 1971  com o acidente de um dos colegas de turma. Vítima de TCE, dolorosamente, não havia ninguém com experiência para orientar o caso.  Triste história, por sinal, que se repetia além do que imaginávamos.  Com a chegada da Neurocirurgia, sua prima irmã, a Neurologia Clínica passaria a ser ensinada nas escolas médicas.

A evolução foi natural, muitas vezes em saltos, numa imitação ao darwinismo. Tudo foi muito rápido. É possível até não ter havido tempo suficiente para festejar-se a chegada do primeiro Tomógrafo Computadorizado. Logo a Santa Casa de Maceió importaria um aparelho de Ressonância Magnética, num passo gigantesco em direção à perfeição diagnóstica. Nada se faz só. Outras áreas médicas foram compelidas a crescer.

Olhando para trás é que se tem a verdadeira dimensão do pioneirismo que guiou a decisão de Abynadá de aqui criar raízes e integrar-se  ao modus vivendi da Província. Testemunha e personagem dessa caminhada, participo  das homenagens a esse corajoso desbravador.

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