PIONEIRISMO: 40 ANOS DE NEUROCIRURGIA
Por: » RONALD MENDONÇA – médico e membro da AAL.
Vivíamos as expectativas da conclusão do curso, quando um grave acidente na Fernandes Lima deixaria em coma Mário Dias Martins, nosso colega de turma. Constatado o TCE, o jeito foi apelar para os neurocirurgiões de Pernambuco. Não havia medidas heroicas. Apesar da esforçada assistência, na realidade superando as limitações técnicas, nosso colega partiria mais cedo. Hoje, talvez a história pudesse ter tido um final feliz.
É de se imaginar que vários episódios de igual teor poderiam ser contados. A boa notícia seria a chegada do jovem
neurocirurgião Abynadá Liro, no alvorecer de 1972, disposto a encarar os encantos e as imensas dificuldades do pioneirismo.
Com efeito, tabus precisavam ser quebrados, até o detalhe da personalização das ciências neurológicas, de há muito divorciadas da Psiquiatria, mas que a Província insistia em mantê-las unidas. Como curiosidade, registro que o mais requisitado psiquiatra de Alagoas, na época, era um conhecido neurologista radicado em Recife.
De volta ao torrão cinco anos ausente, penso que também contribuí nesse mister, ao ingressar no magistério, nas disciplinas de Neurologia da Ufal e da ECMAL, onde o professor Abynadá era o coordenador.
Dividimos tarefas no HPS da Dias Cabral, atendendo tudo que se referisse à Neurologia e à Neurocirurgia. Da enxaqueca aos mais severos traumas de crânio, passando pelos TRMs e AVEs. Nunca a tragédia de Sísifo se encaixaria tão bem.
A já centenária Santa Casa de Maceió seria o nosso bunker, nau que jamais abandonamos. Ao todo são 40 anos de neurocirurgia. Sem a atual parafernália, envolvíamo-nos com os exames complementares (alguns já abandonados), pessoalmente realizando angiografias, pneumoencefalografias, mielografias etc.
A evolução foi natural. Às vezes aos saltos, como na chegada do tomógrafo computadorizado, ampliando horizontes; e também surpreendentes, como nas imagens geradas por um aparelho de ressonância magnética. A neuronavegação está sendo rotineira. A meta é o Pet Scan.
O tempo passou num piscar de olhos. Encanecidos, não obstante atuantes, avaliamos, de forma modesta, quantos procedimentos a Neurocirurgia da Santa Casa já realizou.
Pioneiros nas cirurgias da coluna vertebral (traumas, hérnias de disco, tumores e deformidades), por exemplo, aí contabilizamos cinco mil operações! Não por acaso, ainda hoje, na vetusta instituição da Dias Cabral, a Neurocirurgia é responsável por 97% desses procedimentos.
É de se imaginar que vários episódios de igual teor poderiam ser contados. A boa notícia seria a chegada do jovem
neurocirurgião Abynadá Liro, no alvorecer de 1972, disposto a encarar os encantos e as imensas dificuldades do pioneirismo.
Com efeito, tabus precisavam ser quebrados, até o detalhe da personalização das ciências neurológicas, de há muito divorciadas da Psiquiatria, mas que a Província insistia em mantê-las unidas. Como curiosidade, registro que o mais requisitado psiquiatra de Alagoas, na época, era um conhecido neurologista radicado em Recife.
De volta ao torrão cinco anos ausente, penso que também contribuí nesse mister, ao ingressar no magistério, nas disciplinas de Neurologia da Ufal e da ECMAL, onde o professor Abynadá era o coordenador.
Dividimos tarefas no HPS da Dias Cabral, atendendo tudo que se referisse à Neurologia e à Neurocirurgia. Da enxaqueca aos mais severos traumas de crânio, passando pelos TRMs e AVEs. Nunca a tragédia de Sísifo se encaixaria tão bem.
A já centenária Santa Casa de Maceió seria o nosso bunker, nau que jamais abandonamos. Ao todo são 40 anos de neurocirurgia. Sem a atual parafernália, envolvíamo-nos com os exames complementares (alguns já abandonados), pessoalmente realizando angiografias, pneumoencefalografias, mielografias etc.
A evolução foi natural. Às vezes aos saltos, como na chegada do tomógrafo computadorizado, ampliando horizontes; e também surpreendentes, como nas imagens geradas por um aparelho de ressonância magnética. A neuronavegação está sendo rotineira. A meta é o Pet Scan.
O tempo passou num piscar de olhos. Encanecidos, não obstante atuantes, avaliamos, de forma modesta, quantos procedimentos a Neurocirurgia da Santa Casa já realizou.
Pioneiros nas cirurgias da coluna vertebral (traumas, hérnias de disco, tumores e deformidades), por exemplo, aí contabilizamos cinco mil operações! Não por acaso, ainda hoje, na vetusta instituição da Dias Cabral, a Neurocirurgia é responsável por 97% desses procedimentos.
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