domingo, 18 de julho de 2010

OS CANDIDATOS


O candidato José Serra tem tido dificuldades para explicar o porquê do descumprimento de sua promessa de nunca abandonar o governo paulistano para se candidatar a outro posto. Como estamos em fim de mandato para os governadores, talvez ele possa dizer que o cumpriu “integralmente”.
Outro ponto indigesto de sua campanha (além do DNA tucano) tem sido o preço dos pedágios nas estradas de S. Paulo, privatizadas ao longo dos anos das gestões do seu partido.
Seus grandes trunfos residem no histórico de prévias campanhas, com mais vitórias que derrotas, de manter-se à frente do maior estado da Federação e de não ter se envolvido com grandes escândalos financeiros – ao contrário de outro paulistano, doutor Paulo Maluf, “o político mais ficha limpa do Brasil” (segundo o próprio).
Como ministro da Saúde, Serra não se saiu tão mal. Embora cognominado de “Ministro da Dengue”, jacta-se de haver quebrado a patente dos medicamentos para aids. Foi durante sua gestão que os médicos passaram a receber oitenta reais por um parto e quatro reais por uma consulta. Um espanto!
Olho para o Serra e cada vez menos entendo os eleitores. Como um sujeito chato e sem graça consegue chegar tão longe?
Dilma Rousseff hoje posa de Madalena quase arrependida. Seu passado é mais forte que o da Moça do Wando. Aos 16-18 anos, olhou para o Brasil e o enxergou sem perspectivas.
Na sua óptica, o futuro estava no comunismo e para tal enturmou-se em grupos de guerrilhas e assaltos, sob a desculpa do combate à ditadura militar. Há quem a veja como uma simples bandida, outros como
uma heroína.
Beatificada pelo presidente Lula, tudo que existe de bom no governo, segundo seu criador, tem a varinha mágica da fada madrinha. A essa altura, não fora ela uma tremenda mala sem alça, já era para estar com 60-70% das intenções de voto.
Dona Dilma, como Serra, também tem dissabores. Afeita a dossiês, tudo indica que essa atividade não é o seu forte.
Acusada de forjar currículo em que se dizia mestra e doutora pela Unicamp, foi pega com a mão na botija desconstruindo dona Ruth Cardoso e, mais recentemente, o enjoado Eduardo Jorge (o EJ).
Na modesta opinião do comentarista, DR é a virtual presidente do Brasil. É também uma experiência de laboratório, um ser in vitro, que a qualquer momento irá escapar do controle do seu idealizador.
Marina Silva! Marina morena! Um lírio nesse pântano fedorento. Infelizmente, boa demais, saudável demais. Uma fatia de peixe cru sem sal.

Nenhum comentário: