sábado, 25 de maio de 2013

A INSUSPEITA OBRA DE DEUS



A INSUSPEITA OBRA DE DEUS
Ronald Mendonça
Médico e membro da AAL
A polêmica e nem tão auspiciosa entrada de médicos (seriam médicos mesmo?) estrangeiros no país – antes de qualquer coisa - preenche nostálgica lacuna nos sensíveis corações das nossas esquerdas. Com efeito, a tentativa de cubanização do Brasil teve seus momentos de grande entusiasmo desde a epopeia dos guerrilheiros de Sierra Maestra, no final dos anos 50 da passada centúria. Antes disso, não esqueçamos, a velha esquerda sonhava com a moscovitação, transformado em insuportável  pesadelo depois que o premier russo Nikita Krushev escancarou as atrocidades praticadas por Lenin, Stalin, Beria, dentre outros.
Como queria dizer, durante décadas, em  versos e prosas, cantava-se a medicina cubana. Nem Virgílio, nem Ovídio, muito menos Camões seriam capazes de relatar os feitos homéricos de tão virtuoso sistema de saúde. Pouco a pouco, a máscara cairia. Houve um momento em que o plus era a dermatologia, mais especificamente,  uma substância que estimularia a repigmentação cutânea, nos casos de vitiligo. Tudo indica que não passava de uma tremenda enganação.
A propósito, a tragicomédia da excelência da medicina cubana teve seu fastígio com a “alta” do tiranete Hugo Chaves. Em meio às comemorações pelo retorno do moribundo, coincidentemente, o papa Bento XVI surpreendia o mundo. Alegando doença, despediu-se do papado.  O cego ufanismo dos companheiros, escudados na “cura” de H. Chaves, serviriam para tripudiar o religioso, ao recomendar  a S.Santidade tratamento em Cuba...
 “Para que chorar o que passou, lamentar perdidas ilusões... Se o ideal que sempre nos acalentou, renascerá em outros corações?” Ainda sem conseguir chegar ao sonhado paraíso comunista, estamos a meio caminho. Sucessora do  mais ético dos brasileiros, no comando do País há uma lady que, segundo o coronel Brilhante Ustra, era uma perigosa terrorista comunista de carteirinha. Nesse aspecto, a metamorfose de D. Dilma é a prova inconteste da presença de Deus obrando na criatura.
A grande e irrefutável  verdade é que hoje é palpável o sonho de consumo dos sindicalistas dos anos  80. Órfãos da Albânia, cheios das coisas  em bares temáticos, inspirados no duro e terno Che Guevara, anteviam uma Cuba brasileira.
 Enfim, a ilha caribenha aportou. Os arremedos de médicos aí estão para aprimorar o SUS. Não duvidem, em breve vomitarão lições de cidadania nas universidades federais.

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