Estive próximo do ex-presidente José Sarney em duas oportunidades. A primeira vez aqui em Maceió, durante cerimônia na Academia Alagoana de Letras. Na ocasião, estava sendo lançado o livro ABC das Alagoas, de Francisco Reinaldo A. De Barros. Ainda sob a presidência do dr. Ib Gatto, o lançamento do livro de Reinaldo atrairia as atenções de um bom público por várias razões, certamente uma delas era a presença do poderoso Sarney. Num discurso não lido, o ex-presidente apresentou o livro (impresso no Senado), elogiou o autor, rememorou Napoleão e no frigir dos ovos foi elegante e agradável.
Na segunda vez, em Brasília, ao subir no avião que me levaria a São Paulo deparei-me com aquele ladino bigode ocupando o meu assento, na primeira fila. Embora um pouco chateado – tendo em conta a idade do usurpador –, fiz valer os meus direitos. O velho não perdeu o rebolado: pediu desculpas e logo aboletou-se em outra poltrona, também na primeira fila. Durante a viagem loroteou o tempo todo com a vizinha do lado.
Recentemente, o velho senador, citando Salomão, despediu-se dos leitores da Folha de S. Paulo onde alimentou, na condição de cronista, coluna semanal durante 20 anos. Repetindo aquela definição de Lara Resende, que dizia que o cronista é aquele sujeito que sabe as primeiras quinzes linhas de qualquer assunto, Sarney (segundo ele próprio) escreveu sobre tudo.
O que mais me agradava era a dissertação sobre sua experiência parlamentar ainda na antiga capital, quando conviveu com célebres personagens da vida pública.
Pessoalmente engrossei as fileiras dos que apreciavam seu estilo. Evidentemente, enquanto o lia tinha que abstrair sua figura repelente como ex-presidente da República, presidente do Senado, sogro de Jorge Murad, pai de Roseana, Zequinha e Fernando...
Amigo querido há décadas, Murillo Gameleira Vaz também decidiu não escrever com a regularidade habitual. Cronista nato, sem os divulgados entraves morais de José Sarney, Murillão incorpora tudo o que se diz sobre o gênero. Desde a narrativa coloquial, leve, irônica, palatável, lírica e informativa, para ser lida entre a mordida do pão e o gole do café, conforme asseguram os teóricos da literatura. Há anos fora de Alagoas, memorialista, com um histórico de lutas na combativa UNE, de vez em quando é citado na coluna do Sebastião Nery como testemunha e personagem de memoráveis andanças pelo ferrolho comunista. Sem a caneta de Murillo, a crônica perde parte do brilho.
terça-feira, 26 de julho de 2011
domingo, 17 de julho de 2011
HISTÓRIAS DE VIDAS
*Em meio às evidências de mais uma pilantragem do governo que “não rouba nem deixa roubar” – desta vez no Ministério dos Transportes –, uma pequena notícia vinda da China desperta a atenção: a ponte mais extensa do mundo sobre o mar acaba de ser inaugurada. Tem quase 40 quilômetros e sua construção custou cerca de quatro bilhões de reais, em números redondos. O quilômetro devorou perto de 100 milhões de reais. Enquanto isso, em Porto Alegre, um quilômetro de ponte construído sobre o rio Guaíba, teria consumido valores em torno de 300 milhões.
Segundo a imprensa golpista e rancorosa, o ministério dirigido pelo aliado Alfredo Nascimento seria um antro de prevaricações, concussões, formação de quadrilha e mais uma penca de termos jurídicos-policiais que fazem a alegria de bancas advocatícias. Aliás, o nobre senador Nascimento integra o espólio de Lula. É uma espécie de pedágio no novo governo, pelo esforço para eleger a afilhada. Alfredinho seria uma das reservas morais do PR, partido que facilita a governabilidade de Dilma.
O fato é que não há novidades nessas falcatruas. São obras superfaturadas, preços arbitrariamente reajustados, pagamento de propinas a funcionários, aos partidos e aos políticos, favorecimento de familiares e, como natural consequência, o enriquecimento súbito e inexplicável. No caso específico, o filho de Alfredinho teria aumentado o patrimônio em quase cem mil por cento!
Celeiro de homens honestos, recuso-me a acreditar que em algum momento tenha havido obras superfaturadas em Alagoas. Nesse aspecto, recordo da construção do Aeroporto Internacional que, por conta de incoercível inflação, teria seu preço final inflado cerca de três vezes do valor inicial. As más línguas insinuariam aquisição de bois, terras e apartamentos na orla da Ponta Verde, na Barra de São Miguel... Hoje, a curiosidade é saber em quanto anda o metro de construção da Ponte Divaldo Suruagy. Se em preço de China ou de Guaíba.
Interrompo os comentários e reflito que a medicina de Alagoas perdeu esta semana um dos seus grandes expoentes. Decano da cirurgia proctológica de Alagoas, um dos médicos mais antigos da Santa Casa e companheiro da Academia de Medicina, Hélio Medeiros da Cunha teve uma vida profissional exuberante. Afável, aos 73 anos operava com a disposição de um recém formado e a cancha de meio século de sala de cirurgia.
Sempre atualizado, foi um exemplo de fidelidade à profissão e aos colegas. Sua falta será sentida.
Segundo a imprensa golpista e rancorosa, o ministério dirigido pelo aliado Alfredo Nascimento seria um antro de prevaricações, concussões, formação de quadrilha e mais uma penca de termos jurídicos-policiais que fazem a alegria de bancas advocatícias. Aliás, o nobre senador Nascimento integra o espólio de Lula. É uma espécie de pedágio no novo governo, pelo esforço para eleger a afilhada. Alfredinho seria uma das reservas morais do PR, partido que facilita a governabilidade de Dilma.
O fato é que não há novidades nessas falcatruas. São obras superfaturadas, preços arbitrariamente reajustados, pagamento de propinas a funcionários, aos partidos e aos políticos, favorecimento de familiares e, como natural consequência, o enriquecimento súbito e inexplicável. No caso específico, o filho de Alfredinho teria aumentado o patrimônio em quase cem mil por cento!
Celeiro de homens honestos, recuso-me a acreditar que em algum momento tenha havido obras superfaturadas em Alagoas. Nesse aspecto, recordo da construção do Aeroporto Internacional que, por conta de incoercível inflação, teria seu preço final inflado cerca de três vezes do valor inicial. As más línguas insinuariam aquisição de bois, terras e apartamentos na orla da Ponta Verde, na Barra de São Miguel... Hoje, a curiosidade é saber em quanto anda o metro de construção da Ponte Divaldo Suruagy. Se em preço de China ou de Guaíba.
Interrompo os comentários e reflito que a medicina de Alagoas perdeu esta semana um dos seus grandes expoentes. Decano da cirurgia proctológica de Alagoas, um dos médicos mais antigos da Santa Casa e companheiro da Academia de Medicina, Hélio Medeiros da Cunha teve uma vida profissional exuberante. Afável, aos 73 anos operava com a disposição de um recém formado e a cancha de meio século de sala de cirurgia.
Sempre atualizado, foi um exemplo de fidelidade à profissão e aos colegas. Sua falta será sentida.
SUS, o verdugo da saúde
É preocupante a situação de penúria do Hospital dos Usineiros. Instituição tradicional de Alagoas, com uma estrutura física invejável e um corpo clínico competente, suas dificuldades atuais têm contornos de tragédia.
Com um histórico de ter pertencido à poderosa classe da indústria do açúcar e de ter sido dirigido anos a fio pelo lendário Ib Gatto Falcão, o Gigante das Alagoas, a inadimplência não deixa de ter o seu lado irônico.
Não conheço detalhes da intimidade da crise que se abateu sobre o imponente hospital, apenas rumores, comentários sussurrados à socapa nos corredores de outros hospitais e divulgação de dados pela imprensa. Ouve-se falar em dívidas alpinas, talvez até impagáveis neste século.
Há quem diga que tudo isso é reflexo da atual crise cíclica do capitalismo, iniciada nos Estados Unidos há alguns anos, tsunami que está afundando, numa espécie de efeito dominó, as economias do continente europeu. A anunciada bancarrota mundial seria o início da grande virada para a vitória definitiva do comunismo. Afinal, como ficou provado na prática, o melhor regime do mundo.
Mas enquanto a redentora ordem mundial não chega, eis que o pobre Hospital dos Usineiros, de tantas glórias pretéritas, de inumeráveis serviços prestados à população, estaria com suas veias abertas, rasgadas pela ambição desmedida, pelos desmandos do selvagem capital internacional.
Não acredito nessa teoria mirabolante. Prefiro crer que a agonia dos Usineiros atende em boa parte por uma pequena sigla conhecida por SUS. Aqui mesmo nessa coluna, tenho denunciado, em diversas ocasiões, esse instrumento de propaganda de um governo farisaico. Já se disse até que o SUS era o maior plano de saúde pública do mundo; e que estaria à beira da perfeição.
A grande verdade é que todos os hospitais que trabalham para o estado vivem situação parecida. Fora outras barbaridades, imaginem se um hospital pode sobreviver com uma diária em torno de vinte reais. Hoje quem dá suporte aos doentes do SUS são os pacientes conveniados e os raros particulares.
Em Maceió, a situação tornou-se ainda mais caótica. Em gestão anterior, no próprio governo do Cícero Almeida, um catastrófico secretário de saúde do município passaria meses sem repassar para os hospitais o minguado dinheirinho. Foi eleito o coveiro da saúde.
Além disso, todos sabem, a verba grossa da nação está destinada a obras superfaturadas, a encher os bolsos de empreiteiras e intermediários. E a saúde que se lixe
Com um histórico de ter pertencido à poderosa classe da indústria do açúcar e de ter sido dirigido anos a fio pelo lendário Ib Gatto Falcão, o Gigante das Alagoas, a inadimplência não deixa de ter o seu lado irônico.
Não conheço detalhes da intimidade da crise que se abateu sobre o imponente hospital, apenas rumores, comentários sussurrados à socapa nos corredores de outros hospitais e divulgação de dados pela imprensa. Ouve-se falar em dívidas alpinas, talvez até impagáveis neste século.
Há quem diga que tudo isso é reflexo da atual crise cíclica do capitalismo, iniciada nos Estados Unidos há alguns anos, tsunami que está afundando, numa espécie de efeito dominó, as economias do continente europeu. A anunciada bancarrota mundial seria o início da grande virada para a vitória definitiva do comunismo. Afinal, como ficou provado na prática, o melhor regime do mundo.
Mas enquanto a redentora ordem mundial não chega, eis que o pobre Hospital dos Usineiros, de tantas glórias pretéritas, de inumeráveis serviços prestados à população, estaria com suas veias abertas, rasgadas pela ambição desmedida, pelos desmandos do selvagem capital internacional.
Não acredito nessa teoria mirabolante. Prefiro crer que a agonia dos Usineiros atende em boa parte por uma pequena sigla conhecida por SUS. Aqui mesmo nessa coluna, tenho denunciado, em diversas ocasiões, esse instrumento de propaganda de um governo farisaico. Já se disse até que o SUS era o maior plano de saúde pública do mundo; e que estaria à beira da perfeição.
A grande verdade é que todos os hospitais que trabalham para o estado vivem situação parecida. Fora outras barbaridades, imaginem se um hospital pode sobreviver com uma diária em torno de vinte reais. Hoje quem dá suporte aos doentes do SUS são os pacientes conveniados e os raros particulares.
Em Maceió, a situação tornou-se ainda mais caótica. Em gestão anterior, no próprio governo do Cícero Almeida, um catastrófico secretário de saúde do município passaria meses sem repassar para os hospitais o minguado dinheirinho. Foi eleito o coveiro da saúde.
Além disso, todos sabem, a verba grossa da nação está destinada a obras superfaturadas, a encher os bolsos de empreiteiras e intermediários. E a saúde que se lixe
sábado, 9 de julho de 2011
CIDADÀO HONORÁRIO DE ARAPIRACA
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010Câmara Municipal presta homenagem ao médico Ronald Cabral Mendonça
A Câmara Municipal de Arapiraca realizou na noite de ontem, quinta-feira, 9, a sua última Sessão Solene de 2010, para entregar o título de Cidadão Honorário de Arapiraca, ao médico neurocirurgião, Ronald Cabral Mendonça.
A solenidade teve como local o Fórum de Arapiraca. O autor do projeto foi o vereador e presidente Josias Albuquerque.
O primeiro a fazer o uso da palavra foi o ex-vereador José Lopes, que enalteceu as qualidades profissionais do homenageado, como também, a sua dedicação aos pacientes atendidos por ele na Unidade de Emergência de Arapiraca, onde é plantonista todas as quintas-feiras.
O médico Ed Carlos, amigo e ex-aluno do homenageado, ressaltou o carinho dedicado pelo colega aos demais companheiros de profissão, como também aos pacientes da UE.
A vereadora Graça Lisboa, também parabenizou a todos os vereadores, principalmente ao autor do projeto, Josias Albuquerque, por ter reconhecido o trabalho do Dr. Ronald.
O vereador e deputado eleito, Severino Pessoa, também foi outro que parabenizou a Câmara Municipal de Arapiraca, por ter prestado aquela homenagem, lembrando que também foi paciente do Dr. Ronald Cabral Mendonça e que graças a ele, hoje estava completamente curado de um problema de saúde.
Ao agradecer as homenagens, Dr. Ronald Cabral Mendonça, disse que estava bastante emocionado e que jamais esperou ser homenageado, mesmo porque segundo ele, estava cumprindo com sua obrigação de médico.
Na qualidade de plantonista da Unidade de Emergência do Agreste, onde está há cinco anos, o médico falou da importância da unidade para Arapiraca e a Região do agreste, afirmando que se não fosse a UE, muitos pacientes morreriam a caminho de Maceió.
Outro dado preocupante segundo ele é o fato de que 25% dos pacientes atendidos com traumas na Unidade de Emergência do agreste são vítimas de acidentes de motos, em decorrência da falta de capacete ou mesmo a ingestão de bebidas alcoólicas.
Mostrando bastante preocupação com esse quadro, o Dr. Ronaldy Cabral Mendonça, chegou a conclamar as autoridades do trânsito em Arapiraca, a fazer uma ampla campanha de conscientização entre os motoqueiros.
Ao finalizar, ele também lembrou de grandes nomes da medicina em Arapiraca, citando como exemplo, Dr. Edler Lins, que deu início a um grande trabalho na área de Medina em Arapiraca, como também, o médico Judá Fernandes de Lima, a quem classificou de uma lenda viva da medicina.
Ele disse que a sua responsabilidade aumentava muito mais ainda por ser um dos mais novos filhos da cidade.
O autor da homenagem, Josias Albuquerque, disse que não era apenas o Poder Legislativo que sentia orgulho, mas também toda a população de Arapiraca, que reconhece no médico e amigo, um profissional completo e muitas qualidades.
Participaram da solenidade, além de familiares e amigos do homenageado, os vereadores Moisés Machado, Rogério Nezinho, Dorge do Queijo, Gilvania Barros, Adalberto Saturnino, Robério Lima Ataíde, Graça Lisboa, Josias Albuquerque e Severino Pessoa.
Fonte: Ascom = Câmara Municipal de Arapiraca
A Câmara Municipal de Arapiraca realizou na noite de ontem, quinta-feira, 9, a sua última Sessão Solene de 2010, para entregar o título de Cidadão Honorário de Arapiraca, ao médico neurocirurgião, Ronald Cabral Mendonça.
A solenidade teve como local o Fórum de Arapiraca. O autor do projeto foi o vereador e presidente Josias Albuquerque.
O primeiro a fazer o uso da palavra foi o ex-vereador José Lopes, que enalteceu as qualidades profissionais do homenageado, como também, a sua dedicação aos pacientes atendidos por ele na Unidade de Emergência de Arapiraca, onde é plantonista todas as quintas-feiras.
O médico Ed Carlos, amigo e ex-aluno do homenageado, ressaltou o carinho dedicado pelo colega aos demais companheiros de profissão, como também aos pacientes da UE.
A vereadora Graça Lisboa, também parabenizou a todos os vereadores, principalmente ao autor do projeto, Josias Albuquerque, por ter reconhecido o trabalho do Dr. Ronald.
O vereador e deputado eleito, Severino Pessoa, também foi outro que parabenizou a Câmara Municipal de Arapiraca, por ter prestado aquela homenagem, lembrando que também foi paciente do Dr. Ronald Cabral Mendonça e que graças a ele, hoje estava completamente curado de um problema de saúde.
Ao agradecer as homenagens, Dr. Ronald Cabral Mendonça, disse que estava bastante emocionado e que jamais esperou ser homenageado, mesmo porque segundo ele, estava cumprindo com sua obrigação de médico.
Na qualidade de plantonista da Unidade de Emergência do Agreste, onde está há cinco anos, o médico falou da importância da unidade para Arapiraca e a Região do agreste, afirmando que se não fosse a UE, muitos pacientes morreriam a caminho de Maceió.
Outro dado preocupante segundo ele é o fato de que 25% dos pacientes atendidos com traumas na Unidade de Emergência do agreste são vítimas de acidentes de motos, em decorrência da falta de capacete ou mesmo a ingestão de bebidas alcoólicas.
Mostrando bastante preocupação com esse quadro, o Dr. Ronaldy Cabral Mendonça, chegou a conclamar as autoridades do trânsito em Arapiraca, a fazer uma ampla campanha de conscientização entre os motoqueiros.
Ao finalizar, ele também lembrou de grandes nomes da medicina em Arapiraca, citando como exemplo, Dr. Edler Lins, que deu início a um grande trabalho na área de Medina em Arapiraca, como também, o médico Judá Fernandes de Lima, a quem classificou de uma lenda viva da medicina.
Ele disse que a sua responsabilidade aumentava muito mais ainda por ser um dos mais novos filhos da cidade.
O autor da homenagem, Josias Albuquerque, disse que não era apenas o Poder Legislativo que sentia orgulho, mas também toda a população de Arapiraca, que reconhece no médico e amigo, um profissional completo e muitas qualidades.
Participaram da solenidade, além de familiares e amigos do homenageado, os vereadores Moisés Machado, Rogério Nezinho, Dorge do Queijo, Gilvania Barros, Adalberto Saturnino, Robério Lima Ataíde, Graça Lisboa, Josias Albuquerque e Severino Pessoa.
Fonte: Ascom = Câmara Municipal de Arapiraca
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