segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

E LULA CRIOU O BRASIL

Agradeço aos céus poder participar deste momento ímpar da vida pública brasileira. Como nunca neste país, um presidente está nos estertores do seu mandato e vai entregar a faixa presidencial. Uma coisa espantosa. Ainda mais pelo fato de o sucessor ser uma mulher criada em laboratório, desconhecida da população, não obstante eleita por confortável margem de votos.
Como se sabe, há apenas oito anos Lula e seus companheiros encontraram o país destroçado. Era o caos. Greves sucessivas paralisavam as atividades produtivas. Não havia alimentos. A imprensa, hegemônica e burguesa, destilava ódio e pregava o golpe. Energia elétrica e automóveis eram cabelos de freira.
Eis que se fez a luz. Nunca mais nesse país houve corrupção. O povo analfabeto e doente passou a freqüentar escolas e postos de saúde. Dona Dilma aproveitou e fez mestrado e doutorado. O sistema bancário foi fundado e os lucros divididos com a população. Vieram as indústrias automobilísticas e a prospecção do petróleo teve início. Na verdade, até então nem petróleo existia.
Deu-se o milagre. Na Amazônia, houve o crescimento da floresta, onde antes era um deserto. No Maranhão, eclodiria o clã dos Sarney, um dos sustentáculos morais do governo, além de Romero Jucá, Barbalho, Dirceu e outros tantos. Devemos à genialidade de Lula Júnior, o nosso Bill Gates, os avanços nas comunicações.
A Vale do Rio Doce é outra da lavra do novo criador. Num passe de mágica, Eike Batista tornar-se-ia sumo pontífice do ramo. E foi então que Lula criou a Luma, para que o homem não ficasse só. Deixaria para o final suas obras primas: Erenice e Dilma, dois orgulhos do gênero.
Oito anos antes, não tínhamos moeda. Ironicamente, o próprio Lula e seu partido não haviam reconhecido o Real, unidade monetária inventada pelo antecessor. Também não havia Constituição, posto que o novo messias se recusara a assiná-la, tempos atrás. Mas isso não foi problema. Assim que assumiu, o ex-operário providenciou uma Carta Magna e um sistema monetário, cuja moeda, coincidentemente, seria chamada de Real.
Um dos fatos mais marcantes do período foi a “eliminação” da pobreza e da fome com o programa “Bolsa Família”. Herança dos “inoperantes governos anteriores” sob a denominação de “Bolsa Escola”, nosso herói superou-se. Numa das analogias mais eruditas o chamou de “espelhinho do colonizador”, além de denunciá-lo como eleitoreiro e demagógico.
Papai Noel existe. Feliz Natal a todos.

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