sexta-feira, 20 de outubro de 2017

REPUGNANTE VILIPÊNDIO


REPUGNANTE  VILIPÊNDIO
Dias atrás, em sessão na Câmara dos deputados, assisti a transmissão de um feroz bate- boca entre  o Carimbão, deputado alagoano e o ministro da Cultura. Injuriado com os nus obscenos retratados em tela em exposições patrocinadas pelo grupo financeiro Santander, expondo a judia Maria, mãe de Jesus, retratada no chamado “nu ginecológico”, e também amamentando um chipanzé, além de, em outra tela, ser apresentada na companhia de alguém  a urinar em sua cabeça. O fato é que, movido pela Fé, Carimbão ficou próximo de uma apoplexia. Em dado momento, ânimos acirrados, o deputado perguntou ao ministro se este gostaria de ter sua mãe, sua mulher, sua irmã ou sua filha,  retratadas arreganhadas e urinadas por outrem.
A adorável  jornalistada assanhou-se, naturalmente apoiando os artistas, já descobrindo brechas para enquadrar o deputado em alguma falta de decoro!
Todos sabem que a iconoclastia é política, esquerdista, comunistóide. Qual a real intenção em expor-se duas pessoas (Maria e Jesus) em cujas vidas não foram registradas condutas exibicionistas? Notoriedade? Que se retrate uma Bórgia, uma Afrodite, uma Diana, um concupiscente Apolo, um Nero sendo penetrado posteriormente, um Sócrates a bolinar o falus de algum mancebo,,,
Fico a imaginar qual seria a reação desses vanguardistas se desse na telha de algum pintor representar o Che Guevara (o imortal ídolo!) no exato momento em que ele rendeu-se aos soldados colombianos. A cena seria fantástica e até verossímil. Guevara acocorado, calças arreadas, magricelas nádegas à mostra, delas escorrendo aquele material fétido a ensopar-lhe calças e botas. Para completar uma legenda: "não me mate, moço, vivo valho mais que morto; sou apenas um médico sem fronteiras que aqui veio para salvar a vida de pessoas. Juro que tudo é mentira, nunca! Nunca! em toda a minha vida matei qualquer ser vivo, nem caranguejera".
Penso como seria recebida pelos jornalistas, anarquistas,vanguardistas, intelectuais avançadinhos, sociólogos e outros que tais se alguém reproduzisse em uma tela Hitler, Stalin, Lenin e Mao abraçadinhos  mijando debochadamente sobre milhões de cadáveres, assim tornados por suas iniciativas. Para relembrar, Picasso pintou Guernica, tela mais que famosa, retratando os horrores da Guerra Civil Espanhola...
No fim de tudo, o apelo descabido e desonesto dessa falsa arte, quando nada, vilipendia a memória de pessoas sabidamente mansas, já falecidas, que não têm condições de se defender, nem de esfregar um processo nas fuças dessas simulacros de artistas. Será que D. Hélder Câmara pagaria ingresso para deleitar seu bondoso olhar nessas exposições?
 

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