REPUGNANTE VILIPÊNDIO
Dias atrás, em sessão na Câmara dos
deputados, assisti a transmissão de um feroz bate- boca entre o Carimbão,
deputado alagoano e o ministro da Cultura. Injuriado com os nus obscenos
retratados em tela em exposições patrocinadas pelo grupo financeiro Santander,
expondo a judia Maria, mãe de Jesus, retratada no chamado “nu ginecológico”, e
também amamentando um chipanzé, além de, em outra tela, ser apresentada na
companhia de alguém a urinar em sua cabeça. O fato é que, movido pela Fé,
Carimbão ficou próximo de uma apoplexia. Em dado momento, ânimos acirrados, o
deputado perguntou ao ministro se este gostaria de ter sua mãe, sua mulher, sua
irmã ou sua filha, retratadas
arreganhadas e urinadas por outrem.
A adorável jornalistada assanhou-se, naturalmente
apoiando os artistas, já descobrindo brechas para enquadrar o deputado em
alguma falta de decoro!
Todos sabem que a iconoclastia é
política, esquerdista, comunistóide. Qual a real intenção em expor-se duas
pessoas (Maria e Jesus) em cujas vidas não foram registradas condutas
exibicionistas? Notoriedade? Que se retrate uma Bórgia, uma Afrodite, uma
Diana, um concupiscente Apolo, um Nero sendo penetrado posteriormente, um
Sócrates a bolinar o falus de algum mancebo,,,
Fico a imaginar qual seria a reação
desses vanguardistas se desse na telha de algum pintor representar o Che
Guevara (o imortal ídolo!) no exato momento em que ele rendeu-se aos soldados
colombianos. A cena seria fantástica e até verossímil. Guevara acocorado,
calças arreadas, magricelas nádegas à mostra, delas escorrendo aquele material
fétido a ensopar-lhe calças e botas. Para completar uma legenda: "não me
mate, moço, vivo valho mais que morto; sou apenas um médico sem fronteiras que
aqui veio para salvar a vida de pessoas. Juro que tudo é mentira, nunca! Nunca!
em toda a minha vida matei qualquer ser vivo, nem caranguejera".
Penso como seria recebida pelos jornalistas, anarquistas,vanguardistas,
intelectuais avançadinhos, sociólogos e outros que tais se alguém reproduzisse
em uma tela Hitler, Stalin, Lenin e Mao abraçadinhos mijando
debochadamente sobre milhões de cadáveres, assim tornados por suas iniciativas.
Para relembrar, Picasso pintou Guernica, tela mais que famosa, retratando os
horrores da Guerra Civil Espanhola...
No fim de tudo, o apelo descabido e desonesto dessa falsa arte, quando
nada, vilipendia a memória de pessoas sabidamente mansas, já falecidas, que não
têm condições de se defender, nem de esfregar um processo nas fuças dessas
simulacros de artistas. Será que D. Hélder Câmara pagaria ingresso para
deleitar seu bondoso olhar nessas exposições?
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