Os coxinhas no Brasil
Não existem dados suficientes que
comprovem que o juiz do caso Eike Batista seja filiado ao PT. O gosto, pois,
por carros alheios e importados não tem ligações com a CUT...
Mas, em 1994, o então deputado coxinha
José Dirceu, do PT, foi candidato a governador de S. Paulo. Havia mais dois
candidatos, Rossi e Mário Covas.” Zé” tinha uma militância agressiva e
arruaceira. De certa forma refletia o espírito aguerrido do grande combatente,
que passara alguns anos no Paraná, “estrategicamente” sob as saias de uma
companheira.
Dentre os selvagens excessos da
campanha de 94, um grupo de petistas resolveu agredir fisicamente Mário Covas.
A empáfia do corajoso guerrilheiro ficaria marcada pela sua fala: ”Daqui para
frente vai ser assim. Ele vai apanhar nas ruas e nas urnas”. O coxinha Mário
Covas seria eleito e o nosso querido coxinha Zé amargaria um vergonhoso terceiro
lugar.
O usineiro líder dos sem terra,
talvez o mais típico coxinha de todos, Bruno Maranhão, falecido há um ano,
deixaria momentaneamente o conforto de sua residência em Boa Viagem para
comandar uma ruidosa invasão ao Congresso. O aloprado seria enjaulado alguns
dias.
Maranhão não foi o único ricaço
da cana de açúcar a brincar de Zorro. O golpe de 1964, que provocaria mudanças,
fez reacender um dos mais simpáticos, inócuos, inglórios e duradouros movimentos políticos: a
esquerda festiva, também conhecida como esquerda escocesa. Era lindo, ver
patricinhos (desculpem, coxinhas) cheirando a Lancaster organizando a revolução
bolchevista no Brasil.
Já ocupei 1/3 do espaço e não disse nada.
Jornais e telejornais abusam de repetir que os coxinhas caminhoneiros estão
fechando as principais estradas do País. Não é a primeira vez. Esses coxinhas
desempenham um papel importantíssimo no escoamento de produtos. Eles sabem
disso. São coxinhas trabalhadores. Para muitos, o caminhão é tudo: moradia,
local de trabalho e ninho de amor.
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