A MANÍACA DO PORTO
Por: »RONALD MENDONÇA – médico e membro da AAL.
Depois de passar alguns dias entre Barcelona e Valência, na Espanha, estou no Porto, em Portugal. Juro que a minha ascendência espanhola dos Mendonça/Ayala não tem nada a ver com o que eu vou dizer: embora Portugal e Espanha passem por dificuldades, quer me parecer que os espanhóis sentem menos a atual crise cíclica do capitalismo.
A bem da verdade, não observei a Espanha de cócoras, penico na mão, esmolando a caridade pública na porta das catedrais. Aliás, vi três pedintes entre Barcelona e Valência. Aqui no Porto, onde me encontro, uma senhora ensandecida nos abordou na rua. Talvez ela quisesse uma ajuda financeira. Estava muito excitada. Avaliei que poderia não ter tomado seu Haldol. Evitei perguntar para não ser indelicado...
Quando soube que éramos brasileiros, de súbito, pareceu curar-se do estado de excitação. Apoiaria Dilma Rousseff, caso necessitem.
Segundo ela, os brasileiros são mimados. Um bando de fracotes, uns desossados franguinhos de granja. Linha-dura, esse negócio de liberdade de imprensa é coisa de maricas. Gosta do estilo DR. Do tipo “quem for podre que se quebre”. Burguesinho que ouse discordar de uma revolução bolchevista tem mais é que ir para um Paredón!
Sua verborreia intrigava. Já estivera em Alagoas. Conheceu a Miss Paripueira. Era apaixonada pela musa alagoana.
Dela teria adquirido alguns hábitos, sobretudo em relação às vestes um tanto
heterodoxas. Odeia Gorbachov. Para ela, o líder soviético tinha pouca sensibilidade. Era lacaio do imperialismo americano e inglês. Além de tudo, quem mandava
nele era a mulher, Raíssa, uma burguesinha metida a intelectual, na verdade (segundo ela), não passava de uma consumista disfarçada de socialista. E o pior de tudo, só comprava refugos e imitações. Uma cretina de gosto duvidoso que era ridicularizada nos salões chiques da Europa e EEUU.
Minha louquinha predileta, provavelmente delirava quando nos disse que nos anos setenta participara da luta armada no Brasil. Tivera uma tórrida relação com Marco Aurélio (o auxiliar da Supone). O que ela mais odiava nele era o mau costume de não escovar os dentes.
Na sua loucura, ao saber que tenho espaço num jornal, pediu-me para mandar um recado aos velhos guerrilheiros. Que eles não tivessem vergonha de dizer que queriam implantar um regime ditatorial de esquerda no Brasil. Fossem honestos.
A bem da verdade, não observei a Espanha de cócoras, penico na mão, esmolando a caridade pública na porta das catedrais. Aliás, vi três pedintes entre Barcelona e Valência. Aqui no Porto, onde me encontro, uma senhora ensandecida nos abordou na rua. Talvez ela quisesse uma ajuda financeira. Estava muito excitada. Avaliei que poderia não ter tomado seu Haldol. Evitei perguntar para não ser indelicado...
Quando soube que éramos brasileiros, de súbito, pareceu curar-se do estado de excitação. Apoiaria Dilma Rousseff, caso necessitem.
Segundo ela, os brasileiros são mimados. Um bando de fracotes, uns desossados franguinhos de granja. Linha-dura, esse negócio de liberdade de imprensa é coisa de maricas. Gosta do estilo DR. Do tipo “quem for podre que se quebre”. Burguesinho que ouse discordar de uma revolução bolchevista tem mais é que ir para um Paredón!
Sua verborreia intrigava. Já estivera em Alagoas. Conheceu a Miss Paripueira. Era apaixonada pela musa alagoana.
Dela teria adquirido alguns hábitos, sobretudo em relação às vestes um tanto
heterodoxas. Odeia Gorbachov. Para ela, o líder soviético tinha pouca sensibilidade. Era lacaio do imperialismo americano e inglês. Além de tudo, quem mandava
nele era a mulher, Raíssa, uma burguesinha metida a intelectual, na verdade (segundo ela), não passava de uma consumista disfarçada de socialista. E o pior de tudo, só comprava refugos e imitações. Uma cretina de gosto duvidoso que era ridicularizada nos salões chiques da Europa e EEUU.
Minha louquinha predileta, provavelmente delirava quando nos disse que nos anos setenta participara da luta armada no Brasil. Tivera uma tórrida relação com Marco Aurélio (o auxiliar da Supone). O que ela mais odiava nele era o mau costume de não escovar os dentes.
Na sua loucura, ao saber que tenho espaço num jornal, pediu-me para mandar um recado aos velhos guerrilheiros. Que eles não tivessem vergonha de dizer que queriam implantar um regime ditatorial de esquerda no Brasil. Fossem honestos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário