quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O DOCE BILAU DO MINISTRO












Como tem sido exaustivamente demonstrado, as travessuras com o dinheiro público nos primeiros anos do reinado petista, não passaram de contrações lisérgicas da oposição. Sem discurso, tucanos e outros bichos teriam se amatulado com o que existe de mais retrógrado da imprensa burguesa e rancorosa para cutucarem um governo que nem roubava nem deixava roubar.

Antes disso, uma tragédia aguardava o prefeito Celso Daniel, de Santo André. Vejam só: Daniel havia descoberto que o esquema (montado por ele) de achacar empresários para extorquir dinheiro para o seu partido (o mesmo do presidente Lula), havia se “desvirtuado”. É que os recolhedores do partido, em detrimento da sigla, estavam embolsando a grana. O resto todos sabem: Celso Daniel foi friamente assassinado. Seu “valet de chambre” – um certo Sérgio - teria escapado por “milagre”. Não fora a pressão dos irmãos de Daniel, certamente, tudo isso não passaria de mais uma orquestração falaciosa.

Inferno zodiacal ronda os companheiros. Se já não bastassem as greves generalizadas, as olímpicas humilhações e o vergonhoso índice educacional (e as cotas, hein?) eis que, de repente, tudo eclode. Celso Daniel e o mensalão irrompem das sombras.

No meu materialismo biológico, fico de queixo caído com a dialética desses operadores do Direito. Investidos da inquebrantável convicção da inocência dos seus clientes, os nobres causídicos reservam-nos risíveis contorcionismos semânticos. Um deles, para reforçar a imagem de candura da cliente a chama de “mequetrefe”. Até que poderia ser “pilombeta”. Um outro crê piamente que o culpado é o Zé Lingüiça, anônimo petista, um boi de piranha. O fato é que, para seus advogados, todo réu é pau mandado.

Sem querer desmerecer (na verdade, morrendo de inveja) os milionários honorários dos iluminados defensores, são os ministros as grandes estrelas do espetáculo. Mesmo batendo boca como em qualquer discussão de boteco, suas excelências são insuperáveis.

A propósito, quem teria roubado a cena no último final de semana foi o “Enfant Terrible”, o benjamin do STF, José Dias Toffoli, homem de ouro da advocacia petista.

Segundo o jornalista Ricardo Noblat, Toffoli o atropelou com um linguajar de bordel de cais de porto. “Canalha” teria sido o adjetivo mais cordial. Na cachoeira de impropérios, nem a mãe do jornalista teria escapado. No fim, Dias Toffoli condena-o a chupar o seu “bilau”. Supõe-se diabético, a julgar pelo autopropalado gosto adocicado.

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