segunda-feira, 27 de julho de 2015
DEUS É CUBANO
DEUS É CUBANO
RONALD MENDONÇA
MÉDICO. MEMBRO DA AAL
Louvo o esforço de articulistas para esconder o “cadáver
moral” em que se transformou a agremiação que está no poder há mais de 12 anos.
Sim, porque a sigla que nos desonra a todos, indistintamente, era o partido da
ética e da moral. Depois, com apenas dois anos no comando da nação,
descobriu-se que se tratava de propaganda enganosa, chula, fajuta, o famoso
“gato por lebre”. Com efeito, estouraria o mensalão que levaria à Papuda a
maior parte do arrogante estrelato, de Zédirceu a Delúbio, passando pelo
presidente José Genoíno.
Muita lama correria sob a ponte até o descalabro (não sei
como denominar) na nossa maior empresa, a Petrobrás. O rombo é tal que os aludidos membros do mensalão
passaram à condição de meros trombadinhas.
Por absoluta incompetência gerencial e leniência com a
corrução, de uma hora para outra, o País mergulhou numa crise moral e
financeira que está quase inviabilizando setores vitais. De fato, quando se
entra numa repartição que lida, por exemplo, com a Saúde, as frases mais
ouvidas são: "não há dinheiro, vamos ter que cortar 15% das despesas”.
Diante de nossa estupefação, alguns gestores, menos comprometidos em dourar a
pílula, costumam esclarecer que as verbas da Saúde e da Educação estão
enterradas nos estádios de futebol. Pouco se lhes dão os compromissos dos
prestadores.
Dispenso-me comentar o
que se gastou inutilmente, por pura vaidade (ou mesmo roubalheira), em estádios
como o de Brasília. Risível sob todos os aspectos, sendo o mais debochado a
ausência de tradição do futebol naquela cidade. A grande verdade é que se fala
de um ano de suores, lágrimas e sangue.
Toda a nação é convidada a participar desse esforço hercúleo
de recuperação moral, de amor próprio pelo País. Até o Eike Batista e a Luma de
Oliveira e outros novos pobres do pedaço estão incluídos nesse mutirão de
abnegação cívica. É preciso que sobre mais dinheiro para as orgias dos
governantes.
Por isso, quero entender a lógica do “se”. “Se” Aécio Neves
tivesse sido eleito, certamente estaríamos muito ruim. Os poços de petróleo
iriam secar como forma de protesto. A peste bubônica, a filariose, o ébola e
todas as misérias que assolam no mundo bateriam na nossa porta. Até Deus
deixaria de ser brasileiro. Ia ser cubano.
DEUS É CUBANO
RONALD MENDONÇA
MÉDICO. MEMBRO DA AAL
Louvo o esforço de articulistas para esconder o “cadáver
moral” em que se transformou a agremiação que está no poder há mais de 12 anos.
Sim, porque a sigla que nos desonra a todos, indistintamente, era o partido da
ética e da moral. Depois, com apenas dois anos no comando da nação,
descobriu-se que se tratava de propaganda enganosa, chula, fajuta, o famoso
“gato por lebre”. Com efeito, estouraria o mensalão que levaria à Papuda a
maior parte do arrogante estrelato, de Zédirceu a Delúbio, passando pelo
presidente José Genoíno.
Muita lama correria sob a ponte até o descalabro (não sei
como denominar) na nossa maior empresa, a Petrobrás. O rombo é tal que os aludidos membros do mensalão
passaram à condição de meros trombadinhas.
Por absoluta incompetência gerencial e leniência com a
corrução, de uma hora para outra, o País mergulhou numa crise moral e
financeira que está quase inviabilizando setores vitais. De fato, quando se
entra numa repartição que lida, por exemplo, com a Saúde, as frases mais
ouvidas são: "não há dinheiro, vamos ter que cortar 15% das despesas”.
Diante de nossa estupefação, alguns gestores, menos comprometidos em dourar a
pílula, costumam esclarecer que as verbas da Saúde e da Educação estão
enterradas nos estádios de futebol. Pouco se lhes dão os compromissos dos
prestadores.
Dispenso-me comentar o
que se gastou inutilmente, por pura vaidade (ou mesmo roubalheira), em estádios
como o de Brasília. Risível sob todos os aspectos, sendo o mais debochado a
ausência de tradição do futebol naquela cidade. A grande verdade é que se fala
de um ano de suores, lágrimas e sangue.
Toda a nação é convidada a participar desse esforço hercúleo
de recuperação moral, de amor próprio pelo País. Até o Eike Batista e a Luma de
Oliveira e outros novos pobres do pedaço estão incluídos nesse mutirão de
abnegação cívica. É preciso que sobre mais dinheiro para as orgias dos
governantes.
Por isso, quero entender a lógica do “se”. “Se” Aécio Neves
tivesse sido eleito, certamente estaríamos muito ruim. Os poços de petróleo
iriam secar como forma de protesto. A peste bubônica, a filariose, o ébola e
todas as misérias que assolam no mundo bateriam na nossa porta. Até Deus
deixaria de ser brasileiro. Ia ser cubano.
MENSAGEM DE BOAS VINDAS DO PRESIDENTE DE HONRA DO XVI CONGRESSO DA SOC. NORDESTINA DE NEUROCIRURGIA
MENSAGEM DE BOAS VINDAS DO
PRESIDENTE DE HONRA DO CONGRESSO.
RONALD MENDONÇA
Alagoas não é o maior Estado da
Federação. Geograficamente é um triângulo ao sul de Pernambuco, capitania à
qual era ligada até que o Regente D. João VI decretou sua separação, em 1817.
Os livros de História começam a falar dela desde que o mameluco Calabar
resolveu colaborar com os holandeses, em
torno de 1630, época da “segunda invasão”.
Estudei treze anos com os
Maristas. Nas edições FTD. Eles não perdoavam o colaboracionista. Não obstante,
nos bancos ginasianos fazíamos simulados do julgamento do mameluco. À medida em
que avançávamos e amadurecíamos, Calabar deixou de ser visto como um traidor.
Com efeito, despontava a figura de um nacionalista que se preocupava com o
desenvolvimento do país. Punha-se em evidência a gulodice extrativista dos
portugueses. Acreditava-se que os compatriotas de Maurício de Nassau talvez
fossem menos lesivos ao solo pátrio.
O Quilombo dos Palmares, na Serra
da Barriga, hoje situado no município alagoano de União dos Palmares, é outro
marco libertário da nossa trajetória histórica. Zumbi, sobrinho de Ganga Zumba,
um dos principais líderes, a incomodar o status quo vigente, entre nós, é festejado como um ícone, um símbolo da
resistência contra a opressão.
Nosso território teria sido palco
de um célebre caso de antropofagia, ninguém menos que o bispo Sardinha, em
cerimonial dos caetés. O canibalismo (na hoje paradisíaca Barra de São Miguel)
serviu de justificativa para o quase extermínio da tribo e o confisco de suas
terras.
A Maceió que, mais uma vez, receberá de braços abertos colegas de todo o
Brasil, particularmente os nordestinos, nasceu de um engenho. Seu nome tem a
ver com águas e mangues. Sucedeu a bela e histórica cidade de Alagoas, hoje Marechal
Deodoro, como capital. A antiga capital é um ponto turístico imperdível, com
suas igrejas e museus, suas fantásticas praias, particularmente a belíssima
Praia do Francês, antigo porto de escambo do Pau Brasil e desembarque de
escravos.
Maceió, entre o mar e a Lagoa
Mundaú, “onde o mar beija as areias com mais alma e mais amor”, embora não seja
a maior em extensão territorial, é uma das mais belas capitais do país. Suas
múltiplas praias de alvas areias e de águas ternamente mornas, não deixam
dúvidas sobre a boa vontade do Criador.
Há bairros que não podem deixar
de ser visitados: Bebedouro e Pontal da Barra. O primeiro pela beleza
arquitetônica de seus casarões; o segundo, pelo primor de suas rendas, famosas
no mundo inteiro. Jaraguá, no entorno do cais do porto, antiga zona boêmia e a
Praça Deodoro, no centro da cidade, com seu conjunto arquitetônico neoclássico
são visitas obrigatórias.
Marechal Deodoro é o berço do
republicano que lhe dá o nome. O sangue derramado pelos seus irmãos na Guerra
do Paraguai, sucessivamente enviados pela mãe, Rosa da Fonseca, tão logo era
noticiada do falecimento de um filho, é lição de incomensurável patriotismo.
Alagoas é conhecida como Terra
dos Marechais, numa alusão a outros patenteados, dentre os quais, Floriano Peixoto,
o segundo presidente, consagrado na História como o “Marechal de Ferro”.
Nas letras, nas artes e na
ciência, a terra que os abriga sente muito orgulho de ter sido berço de Tavares
Basto, do Visconde de Sinimbu, de Graciliano Ramos, Jorge de Lima, Adalberon
Cavalcante, Sabino Romariz, Fernando Mendonça, Heckel Tavares, Paulo Gracindo,
Djavan, Cacá Diégues, Nise da Silveira, Artur Ramos, Ib Gatto Falcão, dentre
outros.
Nossa medicina situa-se entre as melhores do país. Somos destaque na Cirurgia Cardíaca, na Nefrologia,
na Angiologia, na Cirurgia Plástica, na Pneumologia, na Ortopedia, na
Oftalmologia, na Otorrino, na Oncologia,
nas Cirurgias por Vídeo, nos transplantes de órgãos...
A Neurocirurgia alagoana foi
oficialmente fundada com a chegada do Dr.
Abynadá Liro, no início de 1972. O pioneiro, direta e indiretamente, foi responsável
pela formação de dezenas de jovens, muitos deles já encanecidos.
Multiplicando-se entre o magistério, a urgência, as eletivas e a
Neurorradiologia, seus sucessores procuram manter a seriedade, a disciplina e o
respeito pelos doentes, lições inestimáveis para todos nós.
Como um dos pioneiros, vejo com
muito orgulho que as sementes que ajudei a plantar frutificaram. Nossas equipes,
apoiadas em sólida formação científica e tendo a retaguarda de equipamentos de
última geração, mesclam-se cabelos
brancos dos mais antigos e o saudável furor operandi dos mais jovens. O
resultado é o exercício de uma
Neurocirurgia de altíssimo nível. Sem medo de errar, o maior neurocirurgião de
Alagoas não é o avião da TAM.
Honrado pela distinção de Presidente
de Honra do Congresso da Sociedade Nordestina de Neurocirurgia, saúdo a todos.
Nosso Congresso foi preparado com desvelo para satisfazer os espíritos mais
exigentes. Fazendo jus a sua célebre hospitalidade, feliz desde agora, Alagoas
os recebe com os braços estendidos.
OS COXINHAS NO BRASIL
Os coxinhas no Brasil
Não existem dados suficientes que
comprovem que o juiz do caso Eike Batista seja filiado ao PT. O gosto, pois,
por carros alheios e importados não tem ligações com a CUT...
Mas, em 1994, o então deputado coxinha
José Dirceu, do PT, foi candidato a governador de S. Paulo. Havia mais dois
candidatos, Rossi e Mário Covas.” Zé” tinha uma militância agressiva e
arruaceira. De certa forma refletia o espírito aguerrido do grande combatente,
que passara alguns anos no Paraná, “estrategicamente” sob as saias de uma
companheira.
Dentre os selvagens excessos da
campanha de 94, um grupo de petistas resolveu agredir fisicamente Mário Covas.
A empáfia do corajoso guerrilheiro ficaria marcada pela sua fala: ”Daqui para
frente vai ser assim. Ele vai apanhar nas ruas e nas urnas”. O coxinha Mário
Covas seria eleito e o nosso querido coxinha Zé amargaria um vergonhoso terceiro
lugar.
O usineiro líder dos sem terra,
talvez o mais típico coxinha de todos, Bruno Maranhão, falecido há um ano,
deixaria momentaneamente o conforto de sua residência em Boa Viagem para
comandar uma ruidosa invasão ao Congresso. O aloprado seria enjaulado alguns
dias.
Maranhão não foi o único ricaço
da cana de açúcar a brincar de Zorro. O golpe de 1964, que provocaria mudanças,
fez reacender um dos mais simpáticos, inócuos, inglórios e duradouros movimentos políticos: a
esquerda festiva, também conhecida como esquerda escocesa. Era lindo, ver
patricinhos (desculpem, coxinhas) cheirando a Lancaster organizando a revolução
bolchevista no Brasil.
Já ocupei 1/3 do espaço e não disse nada.
Jornais e telejornais abusam de repetir que os coxinhas caminhoneiros estão
fechando as principais estradas do País. Não é a primeira vez. Esses coxinhas
desempenham um papel importantíssimo no escoamento de produtos. Eles sabem
disso. São coxinhas trabalhadores. Para muitos, o caminhão é tudo: moradia,
local de trabalho e ninho de amor.
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