segunda-feira, 27 de julho de 2015

https://youtu.be/INCHzwbGd7U
https://youtu.be/32gbkn52SuU

DEUS É CUBANO


DEUS É CUBANO

RONALD MENDONÇA

MÉDICO. MEMBRO DA AAL

Louvo o esforço de articulistas para esconder o “cadáver moral” em que se transformou a agremiação que está no poder há mais de 12 anos. Sim, porque a sigla que nos desonra a todos, indistintamente, era o partido da ética e da moral. Depois, com apenas dois anos no comando da nação, descobriu-se que se tratava de propaganda enganosa, chula, fajuta, o famoso “gato por lebre”. Com efeito, estouraria o mensalão que levaria à Papuda a maior parte do arrogante estrelato, de Zédirceu a Delúbio, passando pelo presidente José Genoíno.

Muita lama correria sob a ponte até o descalabro (não sei como denominar) na nossa maior empresa, a Petrobrás. O rombo é  tal que os aludidos membros do mensalão passaram à condição de meros trombadinhas.

Por absoluta incompetência gerencial e leniência com a corrução, de uma hora para outra, o País mergulhou numa crise moral e financeira que está quase inviabilizando setores vitais. De fato, quando se entra numa repartição que lida, por exemplo, com a Saúde, as frases mais ouvidas são: "não há dinheiro, vamos ter que cortar 15% das despesas”. Diante de nossa estupefação, alguns gestores, menos comprometidos em dourar a pílula, costumam esclarecer que as verbas da Saúde e da Educação estão enterradas nos estádios de futebol. Pouco se lhes dão os compromissos dos prestadores.

Dispenso-me  comentar o que se gastou inutilmente, por pura vaidade (ou mesmo roubalheira), em estádios como o de Brasília. Risível sob todos os aspectos, sendo o mais debochado a ausência de tradição do futebol naquela cidade. A grande verdade é que se fala de um ano de suores, lágrimas e sangue.

Toda a nação é convidada a participar desse esforço hercúleo de recuperação moral, de amor próprio pelo País. Até o Eike Batista e a Luma de Oliveira e outros novos pobres do pedaço estão incluídos nesse mutirão de abnegação cívica. É preciso que sobre mais dinheiro para as orgias dos governantes.

Por isso, quero entender a lógica do “se”. “Se” Aécio Neves tivesse sido eleito, certamente estaríamos muito ruim. Os poços de petróleo iriam secar como forma de protesto. A peste bubônica, a filariose, o ébola e todas as misérias que assolam no mundo bateriam na nossa porta. Até Deus deixaria de ser brasileiro. Ia ser cubano.

 

DEUS É CUBANO

RONALD MENDONÇA

MÉDICO. MEMBRO DA AAL

Louvo o esforço de articulistas para esconder o “cadáver moral” em que se transformou a agremiação que está no poder há mais de 12 anos. Sim, porque a sigla que nos desonra a todos, indistintamente, era o partido da ética e da moral. Depois, com apenas dois anos no comando da nação, descobriu-se que se tratava de propaganda enganosa, chula, fajuta, o famoso “gato por lebre”. Com efeito, estouraria o mensalão que levaria à Papuda a maior parte do arrogante estrelato, de Zédirceu a Delúbio, passando pelo presidente José Genoíno.

Muita lama correria sob a ponte até o descalabro (não sei como denominar) na nossa maior empresa, a Petrobrás. O rombo é  tal que os aludidos membros do mensalão passaram à condição de meros trombadinhas.

Por absoluta incompetência gerencial e leniência com a corrução, de uma hora para outra, o País mergulhou numa crise moral e financeira que está quase inviabilizando setores vitais. De fato, quando se entra numa repartição que lida, por exemplo, com a Saúde, as frases mais ouvidas são: "não há dinheiro, vamos ter que cortar 15% das despesas”. Diante de nossa estupefação, alguns gestores, menos comprometidos em dourar a pílula, costumam esclarecer que as verbas da Saúde e da Educação estão enterradas nos estádios de futebol. Pouco se lhes dão os compromissos dos prestadores.

Dispenso-me  comentar o que se gastou inutilmente, por pura vaidade (ou mesmo roubalheira), em estádios como o de Brasília. Risível sob todos os aspectos, sendo o mais debochado a ausência de tradição do futebol naquela cidade. A grande verdade é que se fala de um ano de suores, lágrimas e sangue.

Toda a nação é convidada a participar desse esforço hercúleo de recuperação moral, de amor próprio pelo País. Até o Eike Batista e a Luma de Oliveira e outros novos pobres do pedaço estão incluídos nesse mutirão de abnegação cívica. É preciso que sobre mais dinheiro para as orgias dos governantes.

Por isso, quero entender a lógica do “se”. “Se” Aécio Neves tivesse sido eleito, certamente estaríamos muito ruim. Os poços de petróleo iriam secar como forma de protesto. A peste bubônica, a filariose, o ébola e todas as misérias que assolam no mundo bateriam na nossa porta. Até Deus deixaria de ser brasileiro. Ia ser cubano.

 

MENSAGEM DE BOAS VINDAS DO PRESIDENTE DE HONRA DO XVI CONGRESSO DA SOC. NORDESTINA DE NEUROCIRURGIA



MENSAGEM DE BOAS VINDAS DO PRESIDENTE DE HONRA DO CONGRESSO.
RONALD MENDONÇA
Alagoas não é o maior Estado da Federação. Geograficamente é um triângulo ao sul de Pernambuco, capitania à qual era ligada até que o Regente D. João VI decretou sua separação, em 1817. Os livros de História começam a falar dela desde que o mameluco Calabar resolveu  colaborar com os holandeses, em torno de 1630, época da “segunda invasão”.
Estudei treze anos com os Maristas. Nas edições FTD. Eles não perdoavam o colaboracionista. Não obstante, nos bancos ginasianos fazíamos simulados do julgamento do mameluco. À medida em que avançávamos e amadurecíamos, Calabar deixou de ser visto como um traidor. Com efeito, despontava a figura de um nacionalista que se preocupava com o desenvolvimento do país. Punha-se em evidência a gulodice extrativista dos portugueses. Acreditava-se que os compatriotas de Maurício de Nassau talvez fossem menos lesivos ao solo pátrio.
O Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, hoje situado no município alagoano de União dos Palmares, é outro marco libertário da nossa trajetória histórica. Zumbi, sobrinho de Ganga Zumba, um dos principais líderes, a incomodar o status quo vigente, entre nós,  é festejado como um ícone, um símbolo da resistência  contra a opressão.
Nosso território teria sido palco de um célebre caso de antropofagia, ninguém menos que o bispo Sardinha, em cerimonial dos caetés. O canibalismo (na hoje paradisíaca Barra de São Miguel) serviu de justificativa para o quase extermínio da tribo e o confisco de suas terras.
A Maceió que, mais uma vez,  receberá de braços abertos colegas de todo o Brasil, particularmente os nordestinos, nasceu de um engenho. Seu nome tem a ver com águas e mangues. Sucedeu a bela e histórica cidade de Alagoas, hoje Marechal Deodoro, como capital. A antiga capital é um ponto turístico imperdível, com suas igrejas e museus, suas fantásticas praias, particularmente a belíssima Praia do Francês, antigo porto de escambo do Pau Brasil e desembarque de escravos.
Maceió, entre o mar e a Lagoa Mundaú, “onde o mar beija as areias com mais alma e mais amor”, embora não seja a maior em extensão territorial, é uma das mais belas capitais do país. Suas múltiplas praias de alvas areias e de águas ternamente mornas, não deixam dúvidas sobre a boa vontade do Criador.
Há bairros que não podem deixar de ser visitados: Bebedouro e Pontal da Barra. O primeiro pela beleza arquitetônica de seus casarões; o segundo, pelo primor de suas rendas, famosas no mundo inteiro. Jaraguá, no entorno do cais do porto, antiga zona boêmia e a Praça Deodoro, no centro da cidade, com seu conjunto arquitetônico neoclássico são visitas obrigatórias.
Marechal Deodoro é o berço do republicano que lhe dá o nome. O sangue derramado pelos seus irmãos na Guerra do Paraguai, sucessivamente enviados pela mãe, Rosa da Fonseca, tão logo era noticiada do falecimento de um filho, é lição de incomensurável patriotismo.
Alagoas é conhecida como Terra dos Marechais, numa alusão a outros patenteados, dentre os quais, Floriano Peixoto, o segundo presidente, consagrado na História como o “Marechal de Ferro”.
Nas letras, nas artes e na ciência, a terra que os abriga sente muito orgulho de ter sido berço de Tavares Basto, do Visconde de Sinimbu, de Graciliano Ramos, Jorge de Lima, Adalberon Cavalcante, Sabino Romariz, Fernando Mendonça, Heckel Tavares, Paulo Gracindo, Djavan, Cacá Diégues, Nise da Silveira, Artur Ramos, Ib Gatto Falcão, dentre outros.
Nossa medicina situa-se entre  as melhores do país. Somos  destaque na Cirurgia Cardíaca, na Nefrologia, na Angiologia, na Cirurgia Plástica, na Pneumologia, na Ortopedia, na Oftalmologia, na Otorrino, na Oncologia,  nas Cirurgias por Vídeo, nos transplantes de órgãos...
A Neurocirurgia alagoana foi oficialmente fundada  com a chegada do Dr. Abynadá Liro, no início de 1972. O pioneiro, direta e indiretamente, foi responsável pela formação de dezenas de jovens, muitos deles já encanecidos. Multiplicando-se entre o magistério, a urgência, as eletivas e a Neurorradiologia, seus sucessores procuram manter a seriedade, a disciplina e o respeito pelos doentes, lições inestimáveis para todos nós.
Como um dos pioneiros, vejo com muito orgulho que as sementes que ajudei a plantar frutificaram. Nossas equipes, apoiadas em sólida formação científica e tendo a retaguarda de equipamentos de última geração, mesclam-se  cabelos brancos dos mais antigos e o saudável furor operandi dos mais jovens. O resultado  é o exercício de uma Neurocirurgia de altíssimo nível. Sem medo de errar, o maior neurocirurgião de Alagoas não é o avião da TAM.
Honrado pela distinção de Presidente de Honra do Congresso da Sociedade Nordestina de Neurocirurgia, saúdo a todos. Nosso Congresso foi preparado com desvelo para satisfazer os espíritos mais exigentes. Fazendo jus a sua célebre hospitalidade, feliz desde agora, Alagoas os recebe com os braços estendidos.








OS COXINHAS NO BRASIL



Os coxinhas no Brasil

 
Não existem dados suficientes que comprovem que o juiz do caso Eike Batista seja filiado ao PT. O gosto, pois, por carros alheios e importados não tem ligações com a CUT...
Mas, em 1994, o então deputado coxinha José Dirceu, do PT, foi candidato a governador de S. Paulo. Havia mais dois candidatos, Rossi e Mário Covas.” Zé” tinha uma militância agressiva e arruaceira. De certa forma refletia o espírito aguerrido do grande combatente, que passara alguns anos no Paraná, “estrategicamente” sob as saias de uma companheira.
Dentre os selvagens excessos da campanha de 94, um grupo de petistas resolveu agredir fisicamente Mário Covas. A empáfia do corajoso guerrilheiro ficaria marcada pela sua fala: ”Daqui para frente vai ser assim. Ele vai apanhar nas ruas e nas urnas”. O coxinha Mário Covas seria eleito e o nosso querido coxinha Zé amargaria um vergonhoso terceiro lugar.
O usineiro líder dos sem terra, talvez o mais típico coxinha de todos, Bruno Maranhão, falecido há um ano, deixaria momentaneamente o conforto de sua residência em Boa Viagem para comandar uma ruidosa invasão ao Congresso. O aloprado seria enjaulado alguns dias.
Maranhão não foi o único ricaço da cana de açúcar a brincar de Zorro. O golpe de 1964, que provocaria mudanças, fez reacender um dos mais simpáticos, inócuos,  inglórios e duradouros movimentos políticos: a esquerda festiva, também conhecida como esquerda escocesa. Era lindo, ver patricinhos (desculpem, coxinhas) cheirando a Lancaster organizando a revolução bolchevista no Brasil.
Já ocupei 1/3 do espaço e não disse nada. Jornais e telejornais abusam de repetir que os coxinhas caminhoneiros estão fechando as principais estradas do País. Não é a primeira vez. Esses coxinhas desempenham um papel importantíssimo no escoamento de produtos. Eles sabem disso. São coxinhas trabalhadores. Para muitos, o caminhão é tudo: moradia, local de trabalho e ninho de amor.